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ANA AMÉLIA GUIMARÃES Professora

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por ANA AMÉLIA GUIMARÃES
Professora

1.É pacífico aceitar que uma cidade e um concelho precisam de um plano que lhes permita orientar o crescimento. Esta é, ou devia ser, uma questão central para qualquer autarquia.

Em Guimarães este assunto é discutido, sobretudo, em tempo de campanha eleitoral autárquica para depois voltar a perder-se no nevoeiro das coisas “que estão em estudo”. Esta falta de discussão é tanto mais gravosa quando temos uma autarquia com maioria absoluta e que gosta de praticar o absolutismo político.

A classificação do centro histórico pela UNESCO veio, e ainda bem, colocar num outro patamar as exigências quanto à qualidade da recuperação e desenvolvimento da cidade. Estas exigências obrigam, ou deviam obrigar, a que o crescimento urbano do concelho se fizesse com o mesmo empenho e busca de qualidade. Mas não é assim, por mais que a propaganda do regime faça passar o contrário. Basta sair e dar uma volta pelo concelho. Mas, mesmo na cidade, as incongruências, digamos assim, acontecem.

Há cerca de duas décadas, durante uma Assembleia Municipal, alertei para a necessidade de se intervir na zona da praceta Lyons Internacional (em frente à fábrica “Campeão Português”) uma vez que aquela era uma zona para onde o crescimento da cidade apontava e que servia escolas, parque da cidade, pousada e indústria. Essa necessidade (há 20!!! anos) tornava-se ainda mais urgente de resolver uma vez que os acessos pedonais, de intenso uso,  eram quase inexistentes tornando arriscada a sua utilização. Na altura a resposta que o então presidente da câmara me deu foi mais ou menos esta: “isso é um assunto de Junta de Freguesia”.

Estamos em janeiro de 2018 e, depois  de seis meses de obras, a requalificação urbanística da praceta Lyons Internacional  parece chegar ao fim. Resumindo: uma questão de desenvolvimento urbano que afetava a cidade e os cidadãos e que, como se viu, demorou mais de 6 meses a ser concluída (exigindo a convocação de vários recursos técnicos e de pessoal), foi considerada pela câmara como um “assunto de Junta de Freguesia” (numa incrível falta de respeito pelos presidentes junta, considerados aqui como agentes autárquicos menores), revelando que, por muito grandiloquente que seja o discurso autárquico sobre a qualidade do desenvolvimento urbano, o certo é que este se faz hoje como no passado, ou seja, a cidade termina no Toural e o resto vai a “olhómetro”.

 

  1. Vitória S.C. Há modalidades que só existem porque há voluntários. São eles que aguentam nas costas e na cabeça o peso de pôr a funcionar uma modalidade que, pasme-se, não é o futebol (tantas seriam as modalidades que desapareceriam se estes “carolas” não amassem genuinamente o desporto e o gosto de ensinar os mais novos. Obrigada.)… Há modalidades que treinam 3 vezes por semana e cada treino é feito em sítio diferente por falta de espaços onde os realizar. Valham-nos as escolas públicas de Guimarães que têm contribuído com os seus pavilhões para colmatar estas necessidades.
  2. Quando é que o pelouro da cultura e do turismo assumem a responsabilidade de, em parceria com as instituições do comércio local, ajudarem a “desenhar” o figurino das decorações de Natal, música incluída? Se queremos uma cidade com “marca” não podemos ser tão iguais aos vizinhos…e mesmo aí já temos que andar da perna.

 

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