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RUI ARMINDO FREITAS Economista

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por RUI ARMINDO FREITAS
Economista

Tem ficado claro nas últimas semanas que algo de novo se passa na política vimaranense. Tem ficado claro, em diversas ocasiões, que surge definitivamente uma turbulência que já não é possível disfarçar no Partido Socialista local. Depois de um longo consulado de António Magalhães, a tarefa da sua sucessão, pareceria sempre uma tarefa espinhosa para o seu sucessor, contudo, se com a postura correcta, o mais provável seria o sucessor beneficiar do consulado anterior para afirmar a sua acção e assim conquistar os seus, sem necessitar de afrontar o passado. Contudo, o que se tem assistido em Guimarães, e é mais claro a quem acompanha o parlamento local, é uma liderança que começa a causar desconforto em diversos sectores do PS. Desconforto porque, quem assiste às Assembleias Municipais há anos, sabe que o PS sentia orgulho nas intervenções do seu líder, e que, muitas vezes, até discordando neste ou naquele ponto, reconheciam vigor à sua liderança e sentiam que por mais certo ou errado que António Magalhães pudesse estar, este personificava um estilo forte de fazer política, em que praticamente todos os seus correligionários se reviam. Hoje o cenário é outro, nunca como hoje, numa década que já levo naquela assembleia, vi tanta gente afundar-se na cadeira quando o seu líder fala.

Nunca como hoje, vi tão poucos deputados dessa área virem ao confronto parlamentar para defenderem a acção do seu governo municipal. Nunca como hoje, senti que o referencial de estabilidade que outrora existiu, dá mostras de apenas viver custa à de créditos passados que já estão a esgotar-se. Mas, se a minha opinião pode parecer tendenciosa ao caro leitor, tenho de pegar no ocorrido na passada sessão comemorativa do 25 de Abril para provar que aquilo que digo, mais do que uma tendência, é uma evidência. A antiga vereadora da cultura e vice presidente da Assembleia Municipal, Francisca Abreu, interveio em nome da Mesa, e concretizou, o que em surdina, há muito já se comentava nos corredores da política vimaranense. Francisca Abreu foi explícita ao exigir mudanças à forma como o seu partido está a governar os destinos de Guimarães. Francisca Abreu chamou à atenção para a ausência de uma liderança com o peso político que Guimarães, no seu entendimento, deveria ter. Francisca Abreu foi clara ao deliberadamente chocar de frente com a actual liderança do PS local.

Deixou implícito que o referencial de estabilidade que o PS representou em Guimarães durante muito tempo está a migrar para o outro lado do largo do Toural, onde se sente unidade há mais de 6 anos, desde André Coelho Lima, e onde confesso muito ter aprendido sobre instabilidade interna, nos anos anteriores a este já longo período. Não podia estar mais de acordo com Francisca Abreu quando disse que exigia “ Ao governo desta cidade fundadora visão e acção(…) Uma visão e acção nova e inovadora (…) Uma visão inspiradora que dê vez e voz à utopia”. Concordo e sei que não é com estes protagonistas que se consegue, terá de ser com um projecto novo desempoeirado e que não passe o tempo com medo das sombras do passado, porque não as tem. Quanto ao PS local, já percebeu o mesmo que eu, a diferença é que o projecto que eu defendo já tem o protagonista mais do que definido. Quanto ao PS ainda anda na busca desse protagonista. O caro leitor pode estar certo de que teremos novidades em breve…

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