GREVE NA CANTINA DO HOSPITAL DE GUIMARÃES
Sindicato garante que estão assegurados apenas os serviços mínimos.
Sindicato assegura que estão apenas garantidos os serviços mínimos e que a adesão chegou aos 100%. Trabalhadores defendem uma atualização dos salários que, dizem, não serem atualizados há sete anos.
Os serviços de cantina e distribuição de refeições no Hospital Senhora da Oliveira estiveram hoje a laborar muito condicionados pela greve dos trabalhadores do setor. Mário Vieira, do Sindicato dos Trabalhadores da Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Norte, avançou ao Reflexo Digital que a greve contou com uma adesão de 100%, estando apenas garantidos os serviços mínimos.
A greve nacional por aumentos salariais, defesa de direitos e negociação do contrato coletivo levada a cabo pelos trabalhadores das cantinas, áreas de serviço e bares concessionados podem afetar ainda hospitais, escolas, centros de formação e fábricas do concelho. Mário Vieira, delegado sindical e trabalhador da Gertal, empresa concessionária que labora no Hospital Senhora da Oliveira, pertencente ao grupo Trivalor, diz que “os salários não são atualizados há sete anos, as horas extra noturnas não são pagas e os trabalhadores não têm direito ao subsídio de alimentação durante as férias”.
Em comunicado, escreve a Lusa, o Sindicato dos Trabalhadores da Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Norte afirma que “as empresas deste setor de atividade não atualizam os salários há sete anos”, datando a última tabela salarial de 2010.”Muitos trabalhadores já foram apanhados pelo salário mínimo nacional, quando antes sempre receberam acima deste”, sustenta a estrutura sindical.
Na base do protesto estão ainda práticas das empresas do setor que o sindicato diz serem uma “violação dos direitos dos trabalhadores”, como o não pagamento do trabalho prestado em dia feriado de acordo com o contrato coletivo de trabalho (CCT) em vigor, do subsídio noturno das 20h às 22h, do subsídio de alimentação nas férias e dos salários “de acordo com as funções efetivamente exercidas” pelos trabalhadores.
“Impõem horários de 12 horas diárias e 60 horas semanais, pondo em causa a saúde dos trabalhadores e o direito à conciliação da atividade profissional com a vida pessoal e familiar”, denuncia o sindicato, acusando ainda as empresas de não respeitarem os quadros e densidades previstos no CCT, “impedindo assim a progressão na carreira aos cozinheiros e outros trabalhadores”.
Fotos: DR
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