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GUIMARÃES LIGADA À CORRENTE: O FUTURO DOS CARROS É ELÉTRICO

O presidente da Câmara afirmou que, “todas as viaturas que estamos a comprar são elétricas”.

BMW i3_barra

Hoje os carros elétricos são uma visão frequente na cidade de Guimarães. Os postos de carregamento, que antes estavam sempre vazios, começam as estar frequentemente ocupados. O atual executivo Municipal anunciou, em reunião de Câmara, a vontade de que a próxima concessão de transportes urbanos (em 2021) seja amiga do ambiente, e foi anunciado para breve o primeiro autocarro elétrico a circular na cidade.Os dados estão lançados, o futuro da mobilidade é elétrico, até porque, dois dos países que mais automóveis fabricam na União Europeia já determinaram metas muito exigentes. A Alemanha quer acabar com os carros a combustão até 2030 e a França até 2040. Tony Seba, da Universidade de Stanford, vai mais longe e prevê que, já em 2025, todas as viaturas serão elétricas. Fábio Oliveira, responsável da Hendo, concessionário BMW em Guimarães, afirma que, “não acredito que até 2025 seja possível, faltam apenas sete anos, mas algures entre 2030 e 2040 é quase certo”.

As vendas de carros elétricos cresceram 135% no primeiro trimestre deste ano face ao período homólogo de 2016. Entre janeiro e março foram vendidas 369 unidades no total. No espaço de três meses foram vendidos quase metade dos carros elétricos comercializados em 2016, num total de 756 unidades. Fábio Oliveira dá o exemplo da BMW: “só este verão vendemos seis BMW i3”.

O Renault Zoe é o campeão de vendas destacado no primeiro trimestre do ano, com 182 veículos vendidos, um crescimento de quase 2 000 %. Segue-se o modelo pioneiro –  Nissan Leaf –  com  113 unidades vendidas, num momento em que o modelo já acusa o peso do anos, apesar disso, um crescimento de 28%.

O BMW I3 vendeu 46 unidade, menos 4% que no ano anterior, penalizado, provavelmente, por ser um pequeno carro com um preço a rondar os 40 mil euros, apesar da qualidade irrepreensível. A modelo da BMW foi concebido de raiz para ser elétrico. Nas posições seguintes surgem Kia Soul (seis unidades), Volkswagen Up (três), Volkswagen Golf (duas) e o Hyundai Ioniq (uma). No mesmo período híbridos elétricos e os híbridos não elétricos, também aumentaram as vendas, 27,4% e 104%, respetivamente.

O apoio de 2.250 euros dado pelo Estado na compra de carro amigo do ambiente é uma das razões para a subida das vendas, refere a Associação de Utilizadores de Veículo Elétrico (UVE). Ainda assim, esta não será a única razão, até porque este incentivo estava limitado aos primeiros mil veículos vendidos. O incentivo fiscal para as e empresas também têm sido determinante. As empresas podem deduzir a totalidade do IVA e não pagam tributação autónoma, numa viatura de cinco lugares, além disso, não pagam IUC. Se juntarmos a isto o facto de os carregamentos ainda se estarem a fazer de forma gratuita, a redução do consumo, mesmo a pagar os carregamentos, uma manutenção reduzida, porque estes motores têm menos peças de degaste e uma imagem ecológica, percebe-se porque é que as empresas têm aderido cada vez mais às viaturas elétricas.

Outro fator importante para este crescimento das vendas é a evolução da rede de carregamento na via pública, quem o diz é a UVE. Na atualidade existem mais de 500 postos de carregamento, num total de 1250 tomadas. Em Guimarães, segundo a Mobi.e, existem 6 postos de carregamento simples e foi inaugurado, em janeiro deste ano, um posto de carregamento rápido (PCR). No momento o presidente da Câmara afirmou que, “todas as viaturas que estamos a comprar são elétricas”.

Portugal foi pioneiro na criação de uma rede de carregamento para carros elétricos, em 2009. Depois de uma fase em que o projeto caiu num certo abandono, a rede passará de uma fase experimental, em que os carregamentos nos PCR passarão a ser pagos. Previa-se que isso passa-se a acontecer desde 31 de julho deste ano, mas a Mobi.e decidiu adiar para dar mais tempo aos automobilistas para escolherem o operador de Comercialização de Eletricidade para a Mobilidade Elétrica (CEME).Pontos de carregamento em Guimarães

  • Avenida Afonso Henriques (carregamento normal)
  • Largo António Leite Carvalho (carregamento normal, fora de serviço)
  • Alameda Mariano Felgueiras (carregamento normal)
  • Rua Val de Donas (carregamento normal)
  • Rua Condestável Nuno Álvares (carregamento normal)
  • Alameda Doutor Alfredo Pimenta (carregamento normal)
  • Alameda Doutor Alfredo Pimenta (carregamento rápido)
  • Estação de caminhos-de-ferro (carregamento normal)
  • Alameda da Universidade (carregamento normal)

Autocarro eléctrico português percorreu os primeiros quilómetros em GuimarãesFoi em Junho de 2016, durante o festival “Greenweek “ que o eBus percorreu os primeiros quilómetros. Dai para cá a Câmara já anunciou que a próxima concessão de transportes públicos será completamente eléctrica e que até ao final de 2017 deverá circular, na linha da cidade, o primeiro destes autocarros eléctricos.Entretanto a Caetano Bus, que constrói estas viaturas, numa parceria com a Siemens, já testou os autocarros no Porto. A STCP estão a testaram o novo autocarro urbano completamente elétrico, com zero emissões de dióxido de carbono. O eBUS foi testado entre Fevereiro e Março nas linhas 302, pelo centro histórico do Porto, e 904, percurso que liga o centro do Porto ao de Gaia.

O protótipo tem uma autonomia de 80 quilómetros e pode ser carregado em meia hora, numa estação de carregamento especialmente concebida para o efeito. O veículo está incluído no plano renovação da frota da STCP. O presidente da STCP é mais ambicioso tal como a Câmara Municipal de Guimarães afirma que “tem a secreta esperança” de ver o primeiro autocarro elétrico inserido na frota antes do final deste ano. A STCP já é a empresa com menos autocarros movidos a gasóleo do país e pretende até 2019 ter 15 veículos eléctricos a circular.

O autocarro que a Caetano Bus apresentou em Guimarães tem lotação para 88 passageiros e foi totalmente desenvolvido em Portugal, em colaboração com a Siemens e com o departamento de engenharia da Universidade do Porto. Entre 2010 e 2015, a Caetano Bus investiu cerca de 7 milhões de euros em projectos ligados à mobilidade eléctrica. A empresa foi responsável pelo lançamento, recente, do primeiro autocarro exclusivo de aeroporto 100% eléctrico, com unidades já comercializadas. Esta tecnologia tem vindo a ser testada nas principais cidades europeias, como Estugarda, Genebra, Viena, Helsínquia, Amesterdão, e também em Portugal.

O presidente da Câmara Municipal de Guimarães anunciou publicamente, na sessão de abertura da “Greenweek”, em junho de 2016, que aquela cidade pretendia ser a primeira do país a ter autocarros totalmente elétricos em circuito urbano. “Dentro de dois ou três anos, a mobilidade dos transportes públicos na zona urbana será elétrica, pelo menos em 75 por cento”, afirmou o presidente, adiantando que o município tem o objetivo de introduzir “gradualmente e de forma irreversível a mobilidade eléctrica”. Para este efeito a cidade terá que criar uma plataforma logística que possibilite o carregamento rápido de todos os autocarros, sendo admissível que a mesma possa incluir um sistema de catenária e pantógrafo (como conhecidos nos comboios).Os incentivos para quem compra um elétricoO Orçamento do Estado para 2017 contempla alguns incentivos fiscais à compra de veículos mais amigos do ambiente, nomeadamente veículos 100% elétricos e híbridos. Entre os híbridos, apenas os que se podem ligar à corrente (plug-in) e que tenham um mínimo de 25 quilómetros de autonomia elétrica são elegíveis para benefícios fiscais. Os benefícios para estes híbridos consistem numa redução de ISV de até 562,50 euros, um valor inferior em quase 50% face ao de 2016.Os eléctrico 100%  alé da redução do ISV  têm uma redução do IUC, cujo valor oscila entre os 7,91 e os 35,87 euros.

As grandes novidade deste ano no que toca a inventivos, foi a introdução de um subsídio de 2250 euros, dado pelo Estado, a quem adquirir um veículo eléctrico, sem necessidade de entregar um carro para abate. Para conseguir este subsídio suportado pelo Fundo Ambiental basta apresentar um comprovativo de compra onde esteja incluindo o número de chassis do veículo em questão. Limitado a uma unidade por cada contribuinte. Este subsídio é gerido pelo fundo ambiental. Se está a pensar em adquirir um carro eléctrico saiba que, até 1 de Setembro, o Fundo Ambiental recebeu 898 pedidos de subsídio, tendo sido excluídos 106, o que quer dizer que restavam nessa data, pouco mais de duzentas vagas.

As empresas também podem ter acesso a este subsídio (até um máximo de cinco unidades), mas têm de cumprir alguns requisitos, como a entrega de uma candidatura e a prova de que não existem dívidas à Autoridade Tributária e Aduaneira, bem como à Segurança Social. As empresas têm outros benefícios na compra de modelos elétricos, como a dedução do IVA na totalidade a isenção de tributação autónoma (mesmo da carros de passageiros).

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