O Hospital da Senhora da Oliveira, em Guimarães, e a IAS abriram inquéritos para averiguar o caso levado ao Ministério da Saúde pelo Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda, sobre os factos da morte de um utente, a 19 de novembro de 2016, logo após ter sido consultado naquela unidade hospitalar, vindo a falecer na madrugada de dia 20 de novembro, já em casa.

Nessa noite, pelas 21h30, o cidadão com as iniciais JGR foi encontrado por amigos na via pública, na sequência de uma queda, em Guardizela, Guimarães. Posteriormente, foi levado pelos bombeiros para o Hospital da Senhora da Oliveira, em Guimarães, onde foi atendido. Cerca de três horas depois de ter saído do hospital, o mesmo utente faleceu em casa.

Na sequência da pergunta do deputado eleito por Braga, Pedro Soares, e do deputado eleito por Aveiro, Moisés Ferreira, questionando o Governo sobre o atendimento no dia 19 de novembro, à noite, ao utente com as iniciais JGR, o Ministério da Saúde informou ontem que está já em curso um processo de inquérito aos factos.

O deputado do bloco, Pedro Soares, lembra: “Este caso, que vai ser alvo de inquérito na sequência da iniciativa parlamentar do Bloco, é grave e não podia deixar de ser averiguado e explicado. É preciso perceber o que funcionou mal neste caso para que se tomem medidas para não permitir que novas situações se repitam”.

Segundo o Ministério da Saúde, foram consultadas a Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) e a Administração Regional de Saúde do Norte, I.P. (ARSN, IP).

A Inspeção das Atividades em Saúde (IGAS) abriu ainda um processo de esclarecimento com recolha de informação sobre o caso.

“São conhecidos os problemas que repetidamente têm ocorrido no serviço de urgência do Hospital de Guimarães”, indica o deputado Pedro Soares. “ Os tempos de espera são demasiadamente longos, ultrapassam os tempos protocolados, as condições de espera que desafiam a qualidade de atendimento exigível ao Serviço Nacional de Saúde”.

Fotos: DR