OS NOSSOS SONS

MARCELA MAIA Técnica de relações internacionais na Universidade do Minho

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por MARCELA MAIA
Técnica de relações internacionais na Universidade do Minho

Som, ritmo, tempo, silêncio, …

Música, forma de expressão comum a todos os povos.

A história da música confunde-se com a nossa própria história. Associamos músicas a determinados eventos da nossa vida e através dos seus silêncios vemos o nosso espirito fluir.

Portugal tem uma vasta tradição musical e é, desde há muitos anos, reconhecido internacionalmente pelo seu Fado e pelo folclore. Em anos mais recentes outros géneros musicais têm vindo a ganhar expressão e também eles transportam o nome de Portugal pelo mundo fora.

No mês passado, Portugal esteve nas bocas e nos ouvidos do mundo quando ganhamos o Festival Eurovisão da Canção 2017. Salvador Sobral não cantou Fado e muito menos folclore, mas com poucas palavras traduziu a sua canção portuguesa para essa linguagem universal que é a música.

Para falarmos de boa música e para a ouvirmos não precisamos de ir longe, até porque Guimarães também tem música. Música para dar às suas gentes e música feita pelas suas gentes. Guimarães é berço e leito de boa música.

Fomos e somos palco de numerosos concertos protagonizados por artistas de renome, nacional e internacional. Por cá passaram diferentes bandas e artistas a solo como Scorpions, Moonspell, Soulfy, RAMP, Seu Jorge, Ana Moura, Mariza, Adriana Calcanhotto, Tony Carreira entre muitos outros. Aqui, escutamos e experienciamos belíssimas óperas, festivais de música eletrónica e havemos de sempre de ter o fenomenal e já emblemático Guimarães Jazz.

Na sequência deste caminho já bem pavimentado, Guimarães foi no início do mês casa da 1ª edição do North Music Festival onde durante 20 horas houve música para todos os gostos. O seu ecletismo, terá talvez sido uma das maiores razões para o sucesso do festival – isso e termos recebido o vencedor do Festival da Eurovisão da Canção 2017, Salvador Sobral.

O palco deste festival, que inaugurou a época oficial dos festivais de verão, não foi uma das habituais salas de espetáculo da nossa terra mas sim o Estádio Dom Afonso Henriques – o que preconizava desde logo uma vitória certa.

Para mim, o concerto mais aguardado deste festival era o de “Skunk Anansie”. Não desiludindo, a banda protagonizou um concerto vibrante e muito graças à sua vocalista eletrizante, Skin, elevou o North Music Festival ao patamar dos grandes festivais de verão

Mas, para além dos artistas que se deslocam a Guimarães para abrilhantar a cidade, o verdadeiro brilho musical de Guimarães reside no sem fim de talentos que aqui habita.

Não raras vezes o talento puro junta-se e forma bandas como os Let the Jam Roll, Fragmentos, Hot Air Baloon, Paraguaii, Dark Wings Syndrome, Toulouse, Hacksaw, Square, CC Jaz Project (entre muitos outros) ou vinga sozinho como no caso de Captain Boy ou de Gobi Bear por exemplo.

Bem sei que o público vimaranense é devoto dos seus artistas – seja qual for a sua arte – e que todos os concertos dos nossos talentos locais têm por norma casa cheia, no entanto nunca é demais relembrar o seu mérito.

Nesta cidade histórica, a música embala-nos os dias e o talento faz com que o tempo não se arraste.

Tão bons que são os nossos sons.

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