A Irmandade da Penha inaugurou, na última sexta-feira, a exposição “o verde a preto e branco”, no Hotel da Penha. A mostra da autoria da Muralha – Associação de Guimarães para a defesa do Património é composta por espólio e estará patente até 08 de setembro.

O Verde a Preto e Branco é a exposição da Coleção de Fotografia da Muralha (CFM) para o ano de 2017. A exposição conta com fotografias selecionadas do espólio das imagens da coleção que procuram mostrar a paisagem de Guimarães e dos seus locais emblemáticos nas primeiras décadas do século XX, o desenvolvimento do espaço urbano e a sua ligação com os elementos naturais e a relação do homem com a natureza, nomeadamente através das atividades agrícolas.

O Verde a Preto e Branco é uma proposta que se reparte no tempo, sendo que a primeira exposição se mostra na Penha, tendo como objeto as imagens da montanha e das suas intervenções mais emblemáticas ao longo da primeira metade do século XX, nomeadamente os acessos que foram sendo construídos, a edificação do Santuário, as peregrinações e eventos, revelando uma Penha muito diferente da que hoje conhecemos. A exposição está patente, no Hotel da Penha, entre 2 de junho e 8 de setembro, com entrada livre.

Nas imagens da exposição revela-se uma certa “tensão” entre o crescimento urbano e o espaço natural pré-existente, o desígnio comunitário de condicionar a paisagem urbana aos elementos naturais enquanto recurso estético e, de uma maneira geral, a relação entre o homem e a natureza, a sua integração e a modificação da paisagem.

As imagens mais antigas de “o verde a preto e branco” datam do final do século XIX e atravessam as primeiras décadas do século XX, sendo parte integrante da CFM.

A autoria da maior parte das imagens atribui-se ao fotógrafo Domingos Alves Machado (1882-1957), proprietário das primeiras casas fotográficas em Guimarães – a Foto Moderna e a sua antecessora Foto Elétrica Moderna – e envolveram um cuidadoso projeto de digitalização de suportes fotográficos antigos.

Foto: DR