VIMÁGUA QUER LIGAR DRENO A CAIXA DE ÁGUAS PLUVIAIS PRIVADA

Os moradores do edifício Santo Amaro em Santiago de Candoso estão indignados com a intenção da Vimágua ligar um tubo de descarga às caixas de águas pluviais do prédio.

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Os moradores do edifício Santo Amaro em Santiago de Candoso estão indignados com a intenção da Vimágua ligar um tubo de descarga às caixas de águas pluviais do prédio. A crispação acentua-se por a obra estar a ser feita no jardim do prédio, desde sempre cuidado pelo condomínio.O diferendo prense-se com a construção de um hidropressor – uma infraestrutura para conferir pressão à água da rede – num terreno ajardinado, contiguo ao edifício. Segundo Ricardo Vilas, responsável pelo condomínio do edifício Santo Amaro, que representa 30 moradores e 10 comerciantes, é o tubo de descarga deste equipamento que a Vimágua quer ligar às caixas de água pluviais do prédio. De facto, no dia em que o Mais Guimarães esteve no local já havia um rego no terreno que, partindo da obra, apontava para as caixas do prédio.

A indignação dos moradores é maior por aquelas caixas já terem sido fonte de grandes problemas de infiltração de águas no edifício. As caixas ficam nas traseiras do prédio ao fundo de uma zona muito inclinada que, naturalmente acumula água. O abatimento do piso nesta zona acabou causar danos nestas caixas que obrigaram a grandes intervenções no prédio, nomeadamente a construção de uma calha para melhor escoamento das águas pluviais e colocação de drenos nas zonas onde a água aparecia em maior quantidade no interior das garagens. “Quando tivemos estes problemas ninguém nos ajudou, disseram-nos que isto estava numa área privada e que era responsabilidade do condomínio, nem Câmara nem Vimágua, fomos nós que resolvemos”, afirma Ricardo Vilas, contestando a decisão unilateral da Vimágua ligar um tubo às caixas de águas pluviais do prédio.

“Nós não queremos fazer parte do problema, queremos ajudar a uma solução”, diz o responsável pelo condomínio, para quem o problema está “no enorme volume de água que pode ali ser descarregado de uma vez”. Para o condomínio a solução passaria por a Vimágua se responsabilizar, por escrito, por futuras infiltrações de água que viessem a acontecer no edifício, a partir daquele ponto.

A Vimágua reconhece que as caixas de águas pluviais são propriedade do edifício Santo Amaro e afirma que, “estamos a estudar a possibilidade de ligar o tubo de descarga de fundo do hidropressor em construção a uma caixa de água pluviais na rua adjacente”.

Os moradores sentem-se enganados também pela Câmara, por terem sido surpreendidos com a desafetação da parcela de terreno onde agora está a ser construído o hidropressor, num terreno que julgavam ser propriedade do condomínio. Este terreno fazia parte de um jardim com mais de dois mil metros quadrados, com rega automática, montado e cuidado pelo condomínio. Apesar de a zona ser de usufruto por todos, a água da rega dos relvados e outras plantas, saiu do contador do condomínio durante 18 anos e “só recentemente é que a Câmara instalou um contador, que não serve de nada por que não tem pressão para regar”, critica Ricardo Vilas. A própria iluminação do jardim, com candeeiros de iluminação pública, foi colocada pelo condomínio e está, ainda hoje ligado ao contador comum do prédio. “Fizemos isto obviamente convictos que este espaço era nosso e nunca, em 18 anos, ninguém nos disse o contrário”, lamenta o administrador do condomínio.

O condomínio deixou, entretanto, de tratar do jardim, que já mostra sinais de abandono.

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