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VIMÁGUA

MARIA DO CÉU MARTINS Economista

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por MARIA DO CÉU MARTINS
Economista

Corria o mês de Novembro e eu fazia contas às poupanças adicionais que suportariam as prendas do Natal que se aproximavam quando sou confrontada com um débito direto, na minha conta bancária, que nada fazia antever.

Depois de ligar para o banco, que me informou que poderia cancelar o débito em causa, hesitei! – afinal o ordenante era a Vimágua, uma empresa conceituada que deveria salvaguardar o interesse dos cidadãos. Procurei no meu correio eletrónico a fatura que poderia ter dado origem aquele débito mas, azar do destino, era a única que não aparecia!

Liguei para a Vimágua que me confirmou o valor e pedi que me reenviassem a fatura – o valor em causa era 10 vezes superior ao que era normal naquele ponto de abastecimento!!!

Passados 2 dias, e quando já nem era possível cancelar o débito direto, voltei a ligar para os serviços da Vimágua – em tempo de comunicações rápidas a  cópia da fatura ainda não tinha chegado!!

A senhora que me atendeu informou-me que já tinha feito o mail mas este (pasme-se) tinha que ser validado superiormente. Como é óbvio, reclamei! A senhora tentou explicar-me o inexplicável e até sugeriu que confrontássemos as contagens – a dela era 100 metros cúbicos superior à minha!! O enigma estava explicado!

Voltei a reclamar! Muito pronta, a senhora sugeriu uma nota de crédito e informou-me que o valor seria creditado na minha conta bancária. Satisfeita com a resolução do problema fiquei algo perplexa com as incongruências subjacentes – um funcionário da Vimágua não tem autonomia para reenviar uma cópia de uma fatura mas pode fazer uma nota de crédito de 200 euros, com uma mera informação telefónica? 

Nas 24 horas seguintes recebi a cópia da fatura original e a nota de crédito! Faltava esperar pelo crédito em conta. Mas se o dinheiro fizesse falta para o bacalhau do Natal teria morrido de fome – em Janeiro ainda não tinha caído em conta.

Imprimi os documentos, desloquei-me aos serviços e fui direta ao caixa receber o que era meu – a senhora, que só ouviu metade da minha explicação, mandou-me para o atendimento.

Pacientemente tirei a senha mas, enquanto aguardava, questionei-me sobre o que fazia ali!? Afinal o assunto até estava resolvido, só tinha que receber o meu dinheiro…voltei ao caixa!

De novo confrontada com a situação, a senhora do caixa repetiu vários pedidos de desculpa e explicou-me que eu não tinha recebido o crédito em conta porque, pressupostamente, mantinha, desde meados de 2014, uma fatura por pagar. Não sei se tinha nem se não, mas dados os valores em confronto admiti que era verdade e pedi para fazer o encontro de contas. Afinal até tinha tido sorte pois não tinham ordenado o corte no abastecimento ….

No fim, muitas coisas ficariam, contudo, por explicar – como é que tinha um pagamento atrasado 18 meses sem nunca ter sido alertada para o efeito? Porque não tinham reportado para as cobranças dos meses seguintes? Nas duas vezes que liguei para os serviços porque não me deram conhecimento integral da minha relação contratual? Os serviços da Vimágua podem enganar-se numa contagem, em 100 metros cúbicos, mas o utente não se pode esquecer de pagar uma fatura? Pelo meio ficam muitas histórias que relatam um mau atendimento, faturações desproporcionadas, informação pouco clara e cortes de abastecimento injustificados ( ou pelo menos evitáveis).

Tendo sido criada com o objetivo primeiro de assegurar a qualidade no abastecimento de água no Concelho, a Vimágua tem, também, a obrigação de garantir qualidade noutras áreas do serviço que é de “interesse público” e não tem concorrência – por isso não nos permite escolha!

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