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por Ana Amélia Guimarães, Professora1. Na candidatura de Guimarães a […]

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por Ana Amélia Guimarães,

Professora1. Na candidatura de Guimarães a Capital Europeia da Cultura 2012, afirmava-se, entre longos e poéticos desejos e afirmações, que um dos seus objetivos seria «A cidade das artes e criação artística que se deseja fazer despontar em Guimarães será também complementada pela afirmação da cidade da criatividade e do conhecimento.» e que «A educação artística será uma das prioridades a alcançar ao nível da vertente de formação…». Entre a listagem a granel de objetivos e a sua consumação no terreno há, como sabemos, uma coisa que se chama realidade, e a realidade é bem menos «poética». A cidade de Guimarães, contrariamente à propaganda municipal, não tem conseguido «segurar» oportunidades que existem ou que entretanto deixaram de existir, como é o caso da Escola Superior Artística de Guimarães (ESAG).

A Escola Superior Artística de Guimarães (extensão da Cooperativa de Ensino Superior Artístico do Porto, Árvore, fundada em 1963 por artistas, escritores, arquitetos e intelectuais interessados em criar novas condições para a produção e difusão cultural, de forma livre e independente) situada, desde 1984, na Rua Francisco Agra, 92, na periferia do Centro Histórico da Cidade vai encerrar.

Não cabe aqui enumerar os contributos determinantes na «educação artística» que a ESAG deu ao público em geral e sobretudo, e em particular, aos vimaranenses. Formou profissionais e artistas, produziu exposições e publicações de irrepreensível qualidade, deu vida e liberdade à cidade.

Este é mais um caso de oportunidade(s) perdida(s). Argumentarão os conformistas que é um ciclo que se fecha devido a fatores alheios ao município. Basicamente é a teoria do «não havia nada a fazer e fizemos tudo o que podia ser feito», que ouvimos há décadas e já não se aguenta.

Na periferia do Centro Histórico da Cidade a ESAG podia e devia ser entendida pelo governo da cidade como entidade central para «A cidade das artes e criação artística que se deseja fazer despontar em Guimarães(…)». Em relação a isso a autarquia pouco fez, expediente no discurso, mas inútil na prática.

2. «O olhar sensível sobre o tempo municia em Fernando Távora uma perspetiva integradora e inclusiva da memória na produção da sua obra. (…) Na Pousada de Santa Marinha o discurso da arquitetura emerge de um diálogo em que modernidade e memória se complementam reescrevendo a identidade preexistente, propondo um novo sentido ao todo. O desenho rege o diálogo entre a memória e contemporaneidade que explícitas estabelecem de modo coerente uma nova identidade espacial. (Jorge Virgílio Rodrigues Mealha da Costa)

Fernando Távora queimou as pestanas e entregou-se completamente ao projeto da Pousada de Santa Marinha. Desse desvelo os vimaranenses ganharam mais que um edifício notável, ganharam, sem custo algum, um exemplo valiosíssimo para aquilo que deveria ser a forma de intervir na cidade e, sobretudo, na zona da Costa, onde se vão somando as construções avulso, sem qualquer preocupação com « uma perspetiva integradora e inclusiva da memória» que respeite a cidade que é de todos.

Tal como no encerramento da ESAG, também aqui a autarquia não quer saber de “boas práticas”.
Entretanto vem aí a Green week-Guimaraes ecocultural e ‘tá-se bem, não é?

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