A CAISA CRL QUER COMBATER O ISOLAMENTO SOCIAL DE IDOSOS (E NÃO SÓ) ATRAVÉS DO TEATRO

A cooperativa está a trabalhar num projeto de intervenção artística. O objetivo é fazer com que a população sénior exponha "os seus anseios" e combater questões como o isolamento social ou a violência doméstica através do teatro.

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A cooperativa está a trabalhar num projeto de intervenção artística. O objetivo é fazer com que a população sénior exponha “os seus anseios” e combater questões como o isolamento social ou a violência doméstica através do teatro.

Projeto partiu de proposta de uma aluna da UTAD. ©Direitos Reservados

Neste palco, combate-se o isolamento social de uma das franjas mais frágeis da sociedade. A CAISA (Cooperativa de Artes de Intervenção Social e Animação) CRL iniciou, em janeiro, um Laboratório de Teatro do Oprimido direcionado para a comunidade sénior — principalmente para idosos com diagnóstico de doenças do foro neurológico, como a doença de Alzheimer. Como explica Alberto Fernandes, presidente da direção da CAISA CRL, explica que, para já, a cooperativa está a “aplicar o programa e a tentar criar uma metodologia”. “O objetivo é levar a experiência até ao final do ano letivo, em junho, e trabalhar com este público-alvo. Queremos que a metodologia de intervenção seja aplicada num futuro próximo e alargar o âmbito deste projeto, não só com utentes do Centro de Convívio e Atividade de Vermil, mas de outras associações parceiras”, acrescenta.

Perante “uma sociedade cada vez mais individualista”, Alberto Fernandes aponta que é prioritário que os idosos “exponham, através do teatro, qualquer tipo de problemas”. Isso inclui a questão do isolamento social, “mas também da violência doméstica ou das relações com os filhos” — e o teatro pode servir de veículo para se atingirem as soluções para problemas como estes (ou, pelo menos, tentar). “O grande objetivo é eles estarem a fazer trabalhos a nível criativo e trazer para fora todos os anseios”, diz o presidente da direção da cooperativa, que vê na arte “um bom facilitador” para se chegar ao resultado pretendido, mas não só: “Temos de ver a arte como terapia, mas temos de trabalhar com tudo e dar oportunidade de ter acesso a este tipo de intervenções.” Para além disso, quer-se que exista “uma estimulação constante na área cognitiva”, que levará ao desenvolvimento de uma “consciência artística”, que ajudará a resolver “conflitos internos ou externos”.

A proposta artística está a ser posta em prática no CECA (Centro de Estimulação Cognitiva e Autonomia) e, ao todo, são 15 os idosos que participam no projeto. Mas o projeto não quer cingir-se apenas à população vimaranense: a cooperativa trabalha com parceiros em Braga, para além de existir uma CAISA em Famalicão. A experiência, que está a ser conduzida “por uma equipa multidisciplinar constituída por técnicos da área da saúde, educação e cultura”, já fazia parte das ideias de Alberto Fernandes para a CAISA CRL. Conjugou-se essa vontade à de uma aluna de Teatro e Artes Performativas da UTAD (Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro) e chegou-se a este projeto, que quer trazer a população sénior “para o contexto de uma sociedade proativa”.

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