ACTG vê com estufepação e preocupação a intenção de pedonalização do centro histórico

Intenção foi anunciada pela Câmara Municipal na última reunião do executivo.

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Domingos Bragança, presidente da Câmara Municipal de Guimarães, anunciou na passada reunião do executivo a intenção de pedonalizar o Centro Histórico, incluindo a rua da Rainha, a parte superior do Toural, da Alameda e a rua de Santo António. O autarca frisou que “a decisão está tomada”.

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Por sua vez, a Associação do Comércio Tradicional de Guimarães manifestou “estufefação e enorme preocupação” com a decisão anunciada, que classifica como “unilateral” e que contraria as informações e declarações prestadas em sede de reuniões com a associação.

“A ACTG encontra-se legitimada para representar a opinião dos comerciantes baseada num inquérito que realizou porta a porta no Centro Histórico e Zona Tampão a 300 comerciantes, dos quais 99% eram contra o corte de trânsito”, refere a associação em comunicado às redações.

Ainda assim, a associação reitera que “não é contra o fecho do Centro Histórico de Guimarães ao trânsito, é favorável a medidas que visem não só dinamizar o comércio na zona central da cidade, mas também que contribuam para um ambiente menos poluído”.

A seu ver, a decisão não pode ser tomada “sem que previamente sejam garantidas as condições necessárias, sob pena do referido fecho ao trânsito configurar uma verdadeira sentença de morte ao comércio tradicional de Guimarães”.

Além disto, a ACTG alerta ainda para o estacionamento disponível, nomeadamente no parque de estacionamento de Camões, com 439 lugares, em que grande parte deles estão entregues a moradores.

Consideram que a decisão “vem sido promovida, exibida, com argumentação populista, vaga e
sem qualquer factualidade” pelo município, com base nas restantes cidades onde a pedonalização representou uma grande dinamização do espaço público.

Para sustentar as “vantagens óbvias para o comércio”, solicitam dados estatísticos, com resultados e testemunhos.

Na mesma nota, a ACTG reitera que “é expressamente contra o fecho do Centro Histórico de Guimarães ao trânsito, sem que sejam encontradas e asseguradas as necessárias mudanças, que permitam ao
comércio tradicional sobreviver e continuar a dar vida e cor a uma cidade cujo executivo gosta de ver cinzenta”.

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