“Agigantar Guimarães” juntou vários quadrantes para evocar Abril no Centro Cultural Vila Flor
A associação cívica "Agigantar Guimarães – Refundar Portugal" promoveu, este sábado, dia 28, um evento sob o lema “Agigantar Abril”, no pequeno auditório do Centro Cultural Vila Flor.
Uma tarde dedicada à música, com Dino Freitas a interpretar Cantigas de Abril, tertúlias e outros momentos em torno do tema, com a presença de convidados dos vários quadrantes da sociedade.
O primeiro painel abordou o “Estatuto da Mulher e as Conquistas de Abril – Direito ao Sucesso Profissional” e contou com Adelina Pinto, vice-presidente da Câmara de Guimarães, a advogada Rita Garcia Pereira, e Fátima Carneiro, professora e empresária. Cada oradora contou a sua experiência como mulher nas suas carreiras profissionais sendo que, mais uma vez, se chegou à conclusão que, mesmo com posturas e visões diferentes, há um longo caminho a percorrer para alcançar a igualdade de género na sociedade.
O segundo painel teve como tema “Amostra Transversal do Pensamento Político no contexto de Abril”, e os protagonistas foram António Danado, advogado, e presidente da União de Freguesias de Nossa Senhora da Vila, Nossa Senhora do Bispo e Silveiras, ele que, além de uma primeira abordagem sobre o processo de desagregação de freguesias, explanou ao auditório “Um olhar pessoal sobre o Dr. Álvaro Cunhal”, com quem privou de perto e elogiou a sua postura arrojada para a época, quando apresentou uma tese, em 1940, com o tema “O Aborto – Causas e Soluções”, no âmbito de exame no 5º ano jurídico da Faculdade de Direito de Lisboa.
Também presente esteve Pedro Carvalho, também ele advogado, que deixou “Um olhar pessoal sobre o Dr. Adriano Moreira”, estadista e estudioso de assuntos de política internacional, que se destacou pelo seu percurso académico e pela sua ação na qualidade de Ministro do Ultramar durante o Estado Novo.
Já o “olhar pessoal sobre o Dr. Francisco Sá Carneiro” foi passado aos presentes por Carlos Caneja Amorim, advogado, militante do PSD e o grande impulsionador deste movimento, que diz estar a crescer, com representantes em todos os distritos do continente e ilhas. Aliás, o objetivo da associação cívica por si liderada é mesmo estender iniciativas como a do passado sábado a outros pontos do país, nomeadamente Porto e Lisboa.
Mais uma vez, a associação apontou a dualidade de tratamento entre Lisboa, Porto e Guimarães, nas mais variadas vertentes. “Lisboa, como capital, merece ter reforço de investimento, mas o resto do país tem o direito ao sonho, tem o direito de viver. É o Orçamento de Estado que decide tudo porque, sem dinheiro, o presidente da Câmara não faz obra, o presidente da Junta não faz obra”, disse. “Não temos nada contra Lisboa, temos contra o Terreiro do Paço”.
“A Agigantar nasce em Guimarães, porque muitos elementos são de cá, do Berço 2.0, e a partir daqui queremos dar o contributo para refundar Portugal porque, de facto, há aqui uma crise de valores e de sentido da ação política e da ação cívica, que está a chegar ao limite”, referiu Carlos Caneja Amorim.
O último painel foi composto por Tiago Oliveira, gestor de formação na área da saúde, que abordou a “Unidade Local de Saúde – Um novo conceito na prestação de cuidados de saúde no setor público. Abordou desafios, vantagens e desvantagens, o doente no centro do sistema, o papel dos profissionais da área neste momento de transformação do Serviço Nacional de Saúde.
O padre Miguel Rodrigues, diretor do Departamento Arquidiocesano da Pastoral Universitária, abordou a temática “Triunviriato de Gigantes – Teologia Espiritual/Pastoral Esclarecida dos últimos três Santos Padres e a Demanda da Nova Catedral”, e Diogo Leite Ribeiro, advogado, falou sobre o Estado da Arte da Segurança Social em geral e das CPAS em particular”.
O movimento cívico distinguiu ainda algumas individualidades. A saber: Pessoa Europeia do Ano de 2024 – Adelina Pinto; Prémio Antecipar Futuro “Apoio Cívico Incondicional Para 2025” – Pedro Cunha; Entidade Ação Social Ano 2024 – S.S.O. Servir Sem Olhar; Prémio de Personalidade Histórica de Mérito e Excelência – José Maria Caldeira de Sousa Guimarães (título póstumo); Prémio Autarca do Ano – António Ribeiro, Presidente da Junta de Pevidém; Prémio anual “Promoção e Defesa do Berço” – Vítor Oliveira.
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