André Coelho Lima e a ligação à alta velocidade: “Se vier, Guimarães não pode passar ao lado”
“É claramente um dossiê no qual, naturalmente, nos vamos envolver, e não é só pelo interesse de Guimarães, é pelo interesse do país”, disse André Coelho Lima.
André Coelho Lima respondia à questão colocada pelos jornalistas sobre o repto lançado por Domingos Bragança, presidente da Câmara Municipal, na última semana, que disse gostar de ver “todos os candidatos, de todos os partidos”, comprometidos com a proposta de ligação, “por eixo ferroviário”, de Guimarães à futura estação de caminhos de ferro de alta velocidade.
À margem da apresentação do programa de campanha do Partido Social Democrata para as legislativas de 30 de janeiro, que decorreu na manhã desta terça-feira no café Milenário, no Largo do Toural, André Coelho Lima disse que “se a alta velocidade vier a passar pelo norte do país, a norte do Porto, se vier, porque ainda está longe de estar adquirido, Guimarães não pode passar ao lado dessa realidade”.
André Coelho Lima respondia à questão lançada pelos jornalistas sobre o repto lançado por Domingos Bragança, presidente da Câmara Municipal, na última semana, dizendo gostar de ver “todos os candidatos, de todos os partidos”, comprometidos com a proposta de ligação, “por eixo ferroviário”, de Guimarães à futura estação de caminhos de ferro de alta velocidade.
O cabeça de lista dos sociais democratas disse querer ser “muito claro, tal como já fomos no devido sítio” sobre o tema, lembrando anteriores intervenções, em reuniões de câmara, suas e de Bruno Fernandes, em que defenderam que “os temas que nos movem, a todos, são os temas da nossa terra, e não nos dividem entre partidos”.
Recorde-se que, a 3 de maio de 2021, André Coelho Lima afirmou, numa dessas reuniões de câmara, que Guimarães devia ser mais ambicioso no que toca à alta velocidade ferroviária. Os sociais-democratas defenderam, na altura, mais do que apenas uma ligação ferroviária à estação de alta-velocidade, mas um aproximar da linha a Guimarães.
Respondendo ao repto, nesta manhã, o social democrata afirmou que “quer o partido socialista na Câmara Municipal, quer o partido social democrata de Guimarães, quer as duas candidaturas às eleições legislativas têm que estar comprometidos com esse objetivo”. André Coelho Lima lembrou que “Guimarães sempre fez das suas fraquezas as suas forças, e nunca precisou de títulos, por exemplo de capital de distrito para ser o primeiro local onde foi instalada uma delegação do Banco de Portugal, depois de Lisboa e Porto, ou Capital Europeia da Cultura depois de Lisboa e Porto”.
Para André Coelho Lima, tendo o concelho uma dimensão populacional de 160 mil habitantes, e tendo ao lado Braga com 180 mil, “é impossível que a alta velocidade passe pelo norte de Portugal e ignore aquelas que são as duas principais cidades”.
O também vice presidente do PSD colocou, no entanto, algumas reservas quanto ao projeto, mas antes referiu haver “uma coisa que distingue o PSD do Partido Socialista, nós não prometemos o que não podemos cumprir”, justificando esta afirmação com o facto do projeto de alta velocidade em Portugal ser um “projeto europeu, não é um projeto nacional. É um projeto, possível, é desejável, mas que tem que ser avaliado devidamente entre o governo português e a União Europeia”.
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