“O hospital, os médicos, os enfermeiros e a população não mereciam esta espera”, começou por referir André Coelho Lima depois de uma visita ao Laboratório de Hemodinâmica do Hospital Senhora da Oliveira, em funcionamento desde o passado dia 29 de março.

Depois de cinco anos de espera, marcados por um “desperdício dos meios presentes naquela unidade”, o deputado vimaranense teve oportunidade de testemunhar o “orgulho que os responsáveis na unidade de Cardiologia têm naquilo que conseguiram”, ao lutarem pela abertura do serviço, lado a lado com a comunidade vimaranense.
Para André Coelho Lima, esta é “uma unidade de topo a nível europeu” e que contraria o pensamento de que, após de cinco anos de inutilização, os equipamentos pudessem estar, de alguma forma, ultrapassados.
“Ainda hoje de manhã foram atendidas três pessoas que, se não tivesse existido esta autorização, teriam andado de ambulância a perder tempo e a pôr em risco a sua própria vida. Foi uma luta grande que demorou tempo demais”, afirmou o deputado em declarações aos jornalistas.
Relativamente ao trabalho de filiação com o Hospital de Braga, disse acreditar que “a saúde das pessoas tem que estar acima dos patamares de competitividade regional”. Evidenciando a “lógica de complementaridade” que deve sempre prevalecer, considera que a “afiliação foi imprescindível para que funcionasse”, ao contribuir para a “transmissão de conhecimento científico e para a entreajuda entre equipas”.
No que ao serviço de urgência desta unidade diz respeito, André Coelho Lima frisou que “há, naturalmente, margem para crescer” e que “a perspetiva dos profissionais é sempre terem a melhor unidade possível”.
“Há uma grande ambição que está muito ligada ao motivo pelo qual se fizeram os donativos no início, que é o serviço de urgência e acudir ao enfarte do miocárdio de forma imediata. É um percurso que se tem de fazer. Vamo-nos empenhar nisso com toda a calma, mantendo este trabalho de complementaridade”, acrescentou.
André Coelho Lima enalteceu ainda a visão de Alfredo Rodrigues, anterior presidente do Conselho de Administração, que, em 2012, deu os primeiros passos para que o Laboratório de Hemodinâmica fosse possível, mas também Henrique Capelas, atual administrador, cujo papel classifica como “decisivo” para a abertura do serviço.
O antigo vice-presidente do PSD fez-se acompanhar por Ricardo Araújo, atual líder da concelhia do partido, que sustentou a posição de que “os vimaranenses esperaram demasiado tempo pela abertura deste serviço”.
“É incompreensível e inaceitável, mas hoje é um momento de saudação e de celebração. Tem todas as condições de excelência, quer ao nível de profissionais, quer ao nível dos equipamentos técnicos e tecnológicos para servir a nossa população”, defendeu o vereador da Câmara Municipal de Guimarães.