António Costa: ” A indústria têxtil é um dos setores mais relevantes na economia”

António Costa, primeiro-ministro português, esteve presente na inauguração da nova unidade de acabamentos têxteis na empresa JF Almeida, em Conde, que teve um investimento de 15 milhões de euros. Domingos Bragança, presidente do Município de Guimarães e Joaquim Almeida, presidente do Conselho de Administração da JF Almeida, também marcaram presença.

© Leonardo Pereira/ Mais Guimarães

O primeiro-ministro referiu que a “indústria têxtil é um dos setores mais relevantes na economia” e, por isso, a “abertura desta unidade é um momento inspirador e um sinal de confiança para este setor”. O têxtil “representa 22% das empresas da indústria transformadora, 23% do emprego em indústria transformadoras e representou, no ano passado, sete mil milhões de euro de volume de negócios em Portugal”, acrescentou António Costa.

Valorizando este setor no contexto nacional, o governante destacou que o têxtil “foi dos setores que mais teve capacidade de se reinventar, modernizar e crescer através da inovação. A inovação nunca acaba, todos os dias há mais algo para inovar.” O edil recordou a enorme crise desta indústria nos finais do século XX, vincando que “o têxtil mantém o mesmo nome, mas aquilo que produz nada tem a ver com o que produzia antes.”

Num exemplo de inovação, sucedido no momento pós-guerra, António Costa recordou que, “quando o mundo parou em 2020 com a pandemia, a indústria têxtil foi um exemplo de como as suas unidades rapidamente transformaram o que estavam a produzir, para produzir um bem escasso e essencial: as máscaras.”

Além dessa crise, António Costa lembrou que a sociedade “tem vivido momentos desafiantes, com a pandemia e a guerra”, momento esse que, ainda segundo o autarca, resultou numa “rutura nas cadeias de abastecimento que contribuíram para o aumento dos custos das matérias primas. E ainda um segundo momento, fruto da guerra, que resultou numa crise energética que fez subir muito o custo da energia à escala global e dificuldades crescentes no que diz respeito à mobilização de recursos humanos.”

A guerra entre a Palestina e Israel “só vem agravar todo este contexto global”, sublinhou António Costa, realçando que “é preciso reagir com a cabeça fria mas com confiança nas capacidades que temos.”

O primeiro-ministro português ainda destacou que a JF Almeida é um exemplo na vertente da inovação, ao vincar que é uma empresa “com uma quota de exportação esmagadora, de 95%. Isto em mercados de grande dimensão e exigentes, como o americano ou o canadiano. Para estar lá, é preciso estar na linha da frente, e é esse percurso que temos de fazer.”

O presidente da Câmara Municipal de Guimarães, Domingos Bragança, frisou que, “hoje, temos que designar o setor têxtil como uma indústria de base tecnológica. Isto porque, na discussão que temos feito no âmbito do mês da economia, falamos do que queremos e o que temos de fazer para termos a fábrica competitiva a nível mundial e que integre o conhecimento na base tecnológica. A transformação digital é a base para tudo e temos de fazer isso nas empresas e na sociedade em geral.”

Domingos Bragança vincou também que em Guimarães “há criatividade na indústria. As indústrias aderiram aos projetos ambientais e aos objetivos de termos aumentos da produtividade”. O edil destacou ainda que “Guimarães é inspiradora”

Além disso, o tribuno enalteceu a importância da transição energética, em que referiu que, na empresa visitada,  “a matéria-prima é toda recuperada”. “Pretendemos que a preocupação com o ambiente passe  ser fundamental”, vincou.

O edil explicou ainda a António Costa que as empresas vimaranenses “estão com a agenda pública e política da Câmara Municipal de Guimarães, que encetou uma agenda para a proteção do ambiente.” Domingos Bragança  também relembrou os projetos em que Guimarães está inserido, rumo à neutralização climática.

Tal como o primeiro-ministro, Domingos Bragança destacou a “situação que hoje vivemos em contexto de guerra e pandemia”, acrescentando que “é preciso fazer disto uma oportunidade” com as “fontes de energia renovável que o país tem, que podem ser um fator de competitividade”.

Por fim, Joaquim Almeida, presidente do Conselho de Administração da JF Almeida, mostrou o seu orgulho no passado da empresa, caracterizado por “dedicação e resiliência, visto que somos mais de 800 pessoas a pensar em mais e melhores soluções”. O dirigente da empresa adiantou que foram investidos 15 milhões de euros na nova unidade, com equipamentos sustentáveis, que originará 45 novos postos de trabalho.

“Num presente difícil”, marcado com “aumentos de preços de energias e matérias primas com valores galopantes, Joaquim Almeida referiu que “são precisas respostas rápidas e ajustadas à realidade”.

À margem da visita, na entrada da empresa, cerca de uma dezena de docentes manifestaram-se durante toda a manhã, empunhando cartazes e pedindo a demissão do primeiro-ministro.

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