António Magalhães: “A CEC foi dos maiores êxitos que vivi na Câmara Municipal”

Presidente da Câmara de Guimarães entre 1989 e 2013, durante seis mandatos consecutivos.

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António Magalhães considera a realização da Capital Europeia da Cultura, a par da classificação do Centro Histórico de Guimarães como Património da Humanidade, como os dois “maiores êxitos” que viveu no período em que liderou os destinos da Câmara Municipal. António Magalhães foi presidente da Câmara de Guimarães entre 1989 e 2013, durante seis mandatos consecutivos.

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O ex-presidente destaca o papel de vários intervenientes no projeto, desde logo, de Jorge Sampaio, o ex-presidente da República que também presidiu à Fundação Cidade de Guimarães, responsável pela organização da CEC, lembrando que o processo foi iniciado num período em que o Governo era do partido socialista e, entretanto, surgiram problemas “de ordem vária” quando o Governo mudou de cor. O que valeu, recorda António Magalhães, foram as “boas relações que tinha na altura com pessoas ligadas ao Governo de Aníbal Cavaco Silva”.

A CEC foi um projeto que “deu muito trabalho, mas encontramos uma equipa capaz, organizada, competente, que foi capaz de ultrapassar os obstáculos”. No processo, António Magalhães destaca também o papel de João Serra, que depois de substituir no cargo Cristina Azevedo, fez com que, “a partir daí, as coisas corressem bem. Preparamos tudo muito bem e tudo correu nos moldes que imaginávamos, tudo foi conseguido”, refere o socialista.

Também o envolvimento com a comunidade e dos artistas locais é destacado pelo ex-autarca quando afirma que “conseguimos juntar pessoas muito capazes na área da cultura e envolvê-las com pessoas de Guimarães, marcantes nas suas áreas, indicadas por Jorge Sampaio, o que introduziram uma componente local na CEC”.

Grande Auditório do Centro Cultural Vila Flor terá o nome de Francisca Abreu

Francisca Abreu, a vereadora da cultura em 2012, é recordada por António Magalhães, que considera ter desempenhado um papel “fundamental” para o sucesso da Capital Europeia da Cultura. “Era uma pessoa que dominava muito esta matéria e que constituiu um grupo de trabalho que respondia aos valores que nós queríamos”, diz António Magalhães.

Quanto à atribuição do nome do Grande Auditório do Centro Cultural Vila Flor a Francisca Abreu, o ex-presidente considera ser de “inteira justiça. Tem toda a razão de ser porque a Francisca Abreu, na Cultura, foi sempre fundamental para nós podermos dar um salto qualitativo nessa área”.

Por outro lado, considera que “isto tenta corrigir um erro crasso cometido na altura (após a CEC), porque, na prática, não valorizaram as capacidades que ela revelava nesta matéria. Não havia na altura pessoa mais capaz que a Dra. Francisca Abreu relativamente aos temas culturais. Era brilhante a todos os níveis, e muito considerada nas várias cidades geminadas com Guimarães, onde era sempre muito bem recebida. Francisca Abreu “podia ter tido um papel interventivo já depois da Capital Europeia da Cultura, e foi menosprezada, não foi considerada como uma pessoa acima da média na sua área de intervenção”, critica António Magalhães.

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