António Miguel Cardoso, candidato da Lista A apresentou-se para as eleições aos órgãos sociais esta terça-feira, dia 02 de julho, no Largo de Donães.

Na apresentação, o candidato do movimento “Por Ti Vitória” começou por garantir que nesta sua candidatura “não faltará amor e paixão pelo clube”, sublinhando ainda que o grande objetivo é que o Vitória volte a controlar a SAD. “Penso que nos diferenciamos em relação às outras listas é que o clube volte a controlar a SAD e o futebol, mas, para isso, temos um longo caminho e temos de ser sérios com os investidores. Lentamente e a trabalhar direito e a esgotar os recursos do Vitória podemos melhorar. Os recursos do Vitória não têm sido esgotados quer na formação, quer no futebol”, apontou.

Sobre o acionista maioritário, Mário Ferreira, António Miguel Cardoso referiu que pode ser possível uma colaboração com transparência e seriedade. “Temos o Mário Ferreira como um vitoriano. Será possível [colaborarmos] se formos sérios e transparentes. Vamos trabalhar para o bem. tenho a certeza que as coisas correrão bem com o investidor na próxima época”, disse.

Desportivamente, o candidato da Lista A espera que o emblema vitoriano continue regularmente nas competições europeias, mas reconhece que não tem um caminho fácil pela frente. “Quero que os jogadores sintam a paixão e a alma do clube. Isso é o mais importante. Pelo tamanho e pela envergadura que tem, o Vitória terá de estar nas competições europeias todos os anos. Não é um caminho fácil. Não queremos entrar em grandes promessas. Os jogadores, se perderem, vão ser apertados e ficar chateados, porque estamos aqui para fazer com que as pessoas lutem”, afirmou.

Relativamente à temporada que se avizinha, António Miguel Cardoso, ele que durante três meses fez parte da direção de Vítor Magalhães (época 2004/05), referiu estar satisfeito com a escolha de Ivo Vieira e espera que a mística do Vitória regresse. “Estamos muito satisfeitos com o treinador, achamos que foi uma boa decisão da direção anterior. Obviamente que já vamos apanhar a época a meio, mas aquilo que vamos fazer é para que a mística regresse, para que o Vitória trabalhe de outra forma”, disse.

Quanto aos seus opositores, António Miguel Cardoso acredita que todos querem que o clube saia a ganhar. “Não tenho que os avaliar. É uma campanha e terá que ser leal. No fim, todos queremos o mesmo: que o Vitória ganhe. Isso é o mais importante. Tenho a certeza que as coisas serão serenas, serão corretas. Pelo menos do meu lado será assim. Porque a partir do dia 20 estamos todos juntos.

Os sonhos do empresário de 42 anos para o Vitória, clube pelo qual tem amor desde que nasceu, passam pela conquista do título nacional e pela presença na Liga dos Campeões. Contudo, assume que para chegar a esses patamares é preciso “muito trabalho”. “Não posso esconder que um dia gostava de ver o Vitória campeão ou um dia ver o Vitória a jogar na Liga dos Campeões. Agora para chegar lá é preciso muito trabalho. Nos próximos três anos queremos estar nas competições europeias constantemente, queremos estar a lutar, a pisar o calcanhar de todas as equipas, dos três grandes, do Braga, do Moreirense, de todos os clubes, porque aqui não há diferenças entre eles. Queremos lutar ao máximo”, garantiu.

António Miguel Cardoso nasceu no Porto, mas o pai é vimaranense. Foi com ele que sempre veio aos jogos, desde os dois anos. “Em casa ou fora, percorremos todos os palcos deste país e fora. Obviamente, não tinha o sonho aos três anos de ser presidente do Vitória. Mas há uma paixão e sei que tenho as competências, sei que posso fazer algo de bom e é por isso que estou aqui. Não é uma questão de posicionamento, é muito pela independência porque acho que o Vitória terá que ser independente de tudo. Terá que ter uma voz a nível nacional muito mais interventiva. Penso que temos sido um pouco submissos nos últimos anos e, por isso, temos que assumir essa força”, concluiu.

As eleições estão agendadas para o próximo dia 20 de julho.