Anúncio feito por ministra da Habitação foi “inusitado”, diz Ricardo Araújo

A ministra da Habitação, Marina Gonçalves, esteve em Guimarães numa sessão de debate da concelhia do PS sobre a habitação em Portugal e na cidade berço.

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A ministra da Habitação, Marina Gonçalves, esteve em Guimarães numa sessão de debate da concelhia do PS sobre a habitação em Portugal e na cidade berço. As críticas ao IHRU foram acomodadas pela própria, que reconheceu que se terá que “fazer uma reaproximação do IHRU dos inquilinos, que esse é uma trabalho difícil, numa instituição que foi ela mesma descapitalizada, mas que poderá começar a curto prazo, por exemplo com a instalação, junto de algumas comunidades, de equipas permanentes de acompanhamento, como se espera que venha a acontecer em Guimarães, com a abertura de uma delegação, que permita servir diretamente e em proximidade os utentes das habitações do Estado “.

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Ricardo Araújo, vereador da coligação Juntos por Guimarães, na passada reunião de Câmara, considerou que este anúncio feito pela Ministra numa sessão partidária foi “inusitado”. Adelina Paula Pinto, vice-presidente do executivo vimaranense, reiterou, contudo, que a Ministra “não disse que havia uma delegação do IHRU em Guimarães. Questionada sobre onde seria, disse que não estava fora de hipótese ser Guimarães”.

“Não é normal que um membro do Governo venha a uma sessão partidária anunciar uma medida do foro administrativo e governamental”, referiu Ricardo Araújo que acredita que “um anúncio destes, por parte de um membro do Governo, devia ser articulado previamente com o presidente da Câmara Municipal”.

Na opinião do vereador da oposição, “aquilo que seria importante era que o Governo anunciasse a descentralização das competências dos bairros sociais à Câmara Municipal de Guimarães” até porque, acredita, “a Câmara saberia muito melhor fazer essa gestão, articulação e ter um contacto de proximidade com os moradores”.

Essa, explica, “é a reivindicação do presidente da Câmara e nossa, que os bairros que estão hoje sob alçada do IHRU pudessem passar para alçada da Câmara que saberia com os seus técnicos fazer muito melhor trabalho”.

Ricardo Araújo lembrou ainda “há vários anos” que o PSD introduz “o tema da habitação no debate político”. “Apresentamos, em reunião de Câmara, sete medidas concretas para o município de Guimarães lançar e estimular a oferta de habitação”, recordou frisando que este “é um problema nacional”, mas que estão “concentrados naquilo que a Câmara pode e deve fazer para atenuar este problema”.

Adelina Paula Pinto frisou que “a habitação não tem só que ver com a vulnerabilidde social” e que é necessário “pensar a habitação de uma forma mais aberta e mais capaz de responder às necessidades de toda a população”. Contudo, não nega que “as questões da vulnerabilidade social são prioritárias” e que há “duas questões de vulnerabilidade social que são tratadas de formas muito diferente: os que estão na gestão direta da Câmara na CASFIG e aqueles que são do IHRU”.

“A forma de uniformizar seria que o IHRU passasse a gestão dos edifícios para nós”, destacou a vereadora socialista que não acredita que tal vá acontecer. “É algo que vem discutido há muitos anos, desde o processo de descentralização. De qualquer forma nós fazemos uma gestão muito próxima, nomeadamente com as comissões de moradores”, terminou.

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