Apoio aos artistas aprovado em reunião de Câmara

Um dos pontos da reunião do executivo camarário nesta quinta-feira, 18 de junho, era a discussão e votação da atribuição de uma quantia próxima dos 310 mil euros para apoio à realização de vários projetos culturais, no âmbito do programa IMPACTA, uma medida de apoio à implementação de atividades culturais das associações e artistas de Guimarães. A medida foi aprovada por unanimidade.

Na ocasião o vereador Ricardo Araújo, do PSD, mesmo afirmando que “vemos como favorável” o programa, aproveitou para dizer que “várias vezes no passado criticamos a municipalização da cultura. A visão municipalista que o PS sempre teve da cultura… este discurso é bem mais consentâneo com a realidade da cultura em Guimarães. É uma evolução da posição do PS face à visão que teve nas duas últimas décadas.” O vereador social-democrata acrescentou que agora é preciso haver um reforço da verbas, até porque, na sua opinião, “o impacto dos 300 mil euros que agora investimos tem um retorno bem superior.”

Há 78 projetos no IMPACTA

Este programa de retoma da atividade cultural beneficiará do apoio a 78 projetos de artistas de Guimarães. Os 78 projeto foram selecionados num total de 123 candidaturas apresentadas, que incluem atividades culturais pontuais, apoio à circulação nacional e internacionalização, Artes Performativas, Artes Visuais e Curadoria, edições literárias, musicais e vídeográficas e performance e composição musical. Na opinião da vice-presidente da Câmara e vereadora da Cultura, “este programa de apoio visa promover a produção cultural dos artistas e das instituições locais, como forma de promover a dinâmica cultural do concelho e impulsionar o fortalecimento da produção artística local, sem, contudo, deixar de ter em conta o impacto económico positivo daí decorrente, uma vez que estes projetos culturais movimentam estruturas técnicas e de produção consideráveis”. Segundo Adelina Pinto, este conjunto de projetos que agora são apoiados não quer significar uma mudança de estratégia, mas antes um reforço orçamental que permite alavancar com mais vigor a atividade cultural concelhia. O IMPACTA é uma evolução do anterior regulamento de apoio, o RMECARH, uma vez que pauta por uma maior abrangência no que diz respeito à natureza dos projetos que considera.

Adelina Paula Pinto referiu que foi dada prioridade a projetos mais pequenos para que o projecto pudesse ser mais abrangente. A vereadora da Cultura vimaranense referiu ainda a importância da “contaminação artística” resultante das residências artísticas, “em que quem aqui vem de fora, vem aqui deixar algo”.

Outra das referências à retoma cultural em Guimarães feita por Adelina Pinto foi a implementação do “Desconfinar”, um conjunto de projetos artísticos que, tendo em conta a necessidade de confinamento ou distanciamento social, lançam um desafio para apresentação de trabalhos de comunidade e atividades culturais que se adequem à situação atual, reaproximando criadores, público e comunidade e reerguendo laços de confiança e segurança na participação. Foram selecionados 11 projetos, assentes em cocriação comunitária e processos colaborativos de criação, focados na proximidade analógica em detrimento da virtual, garantindo todas as condições de saúde pública e segurança dos intervenientes. Com o “Desconfinar”, dá-se continuidade à aposta na Cultura em espaço público, uma prática que tem vindo a ser adotada com mais intensidade desde há alguns anos, mas que ganha uma nova dimensão na conjuntura atual.

Em Guimarães a solução continua a ser o streaming

Relativamente à limitação dos espetáculos a realizar no âmbito do Lufada, com lotações limitadas entre 40 a 70 pessoas, numa altura em que na cidade de Braga o Theatro Circo se prepara para fazer espetáculos com 300 pessoas, a vereadora afirmou que por agora a solução passa pelo streaming e remeteu soluções desse género para setembro.

Festas de interesse concelhio poderão receber apoio mesmo sem se realizarem

Relativamente às festa populares a vereadora afirmou que “mesmo as festas que não se realizaram mas que implicaram despesa comprovada, nós pagamos o subsídio. Aquelas que simplesmente não se realizaram, teremos que levar o assunto a reunião de Câmara”. Ficou, assim, uma porta aberta para que as comissões das diversa festas de interesse concelhio possam ver aliviado o fardo financeiro de não poderem realizar as suas actividades este ano.

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