ARRIVA ACONSELHA AQUISIÇÃO DE FROTA ELÉTRICA DE FORMA “GRADUAL”

O presidente da Arriva Portugal, Manuel Oliveira, explicou ao Mais Guimarães que “a mobilidade elétrica é o futuro, mas ainda não é o presente”.

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O presidente da Arriva Portugal, Manuel Oliveira, explicou ao Mais Guimarães que “a mobilidade elétrica é o futuro, mas ainda não é o presente”.

“Economicamente e operacionalmente um desastre”. Foi desta forma que o presidente da Arriva Portugal, Manuel Oliveira, encarou a ambição do presidente da Câmara Municipal de Guimarães de criar uma rede elétrica de autocarros em todo o concelho.

O responsável da empresa detentora da concessão dos Transportes Urbanos de Guimarães (TUG) foi o convidado do “Pequeno Almoço Com..”, realizado na quinta-feira, 14, e falou sobre a ambição do autarca Domingos Bragança, presidente da Câmara Municipal.

Ao Mais Guimarães, Manuel Oliveira afirmou que a “mobilidade elétrica é o futuro, mas ainda não é o presente”. “Os autocarros elétricos são mais eficientes em termos de emissões de poluentes, mas, infelizmente, ainda não respondem às necessidades dos serviços prestados pelas empresas de transportes públicos de passageiros”, explicou o responsável, acrescentando que todos têm de “colaborar para que o futuro seja menos longo” e, para isso, entende que “temos que ir introduzindo autocarros elétricos ao serviço”.

Recorde-se que primeiro autocarro elétrico português de 12 metros começou a circular em Guimarães, uma experiência que tem apresentado à Arriva “problemas ‘de infância/juventude’ que, desejavelmente, irão sendo resolvidos pelo fabricante até que o produto possa ser considerado maduro”.

Manuel Oliveira referiu que “para além de operacionalmente não ser eficaz em todas as situações devido à falta de autonomia, a mobilidade elétrica é ainda muito cara e, logo, economicamente inviável, do ponto de vista do negócio ser capaz de, só com as receitas dos passageiros, sem apoios de fundos públicos, cobrir os seus custos”.

O responsável apontou ainda que é tecnicamente aconselhável que uma frota seja parcialmente renovada anualmente por forma a que haja autocarros com idades diferentes e, logo, uma idade média baixa permanentemente”, acrescentando a “introdução de uma frota totalmente nova, em qualquer momento, seria sempre tecnicamente um erro muito grave na medida em que todos os autocarros teriam sempre a mesma idade, logo ficariam todos velhos ao mesmo tempo, e, mais tarde, voltariam a exigir um enorme investimento para, de novo de uma só vez, comprar tudo novo”.

O presidente da Arriva de Portugal afirmou que é possível hoje contar uma operação com frota totalmente elétrica, caso “quem tenha o poder de decisão assim crie condições”.

Já na última Assembleia Municipal, o presidente do município reiterou o desejo da próxima concessão dos TUG seja elétrica. “Para isso precisamos de trabalhar a rede de carregamento rápido elétrico por todo o concelho. Toda a gente sabe que o carregamento elétrico é mais importante durante a noite e para ter durante a noite é preciso ter uma paragem que tenha acesso à eletricidade”, disse. Quanto à próxima concessão, o autarca recordou que será em 2021. “Eu desejo que essa concessão possa ser elétrica e penso que pode ser possível, até porque quem está a elaborar o plano de transportes públicos para o concelho acha que é um desafio muito ambicioso, mas que é possível”, sublinhou.

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