Um programa que inclui várias áreas, uma delas a financeira, tema que tem sido várias vezes abordado pela candidatura opositora à Lista B, encabeçada por António Miguel Cardoso, atual presidente do Vitória.

A promessa da Lista A, à cabeça, é a elaboração de uma auditoria às contas do clube, caso vença as eleições de 01 de março. “Porque não gostamos do que vemos, o Vitória vive numa instabilidade de que não há memória”, disse Luís Cirilo. “Os associados não gostariam de ser confrontados com um “encostar à parede”. Se continuarmos com estes dirigentes, corremos o risco de vender a maioria do capital da SAD a um investidor qualquer ou a SAD não tem viabilidade financeira. Se assim for, diremos adeus a 102 anos de Vitória como o conhecemos”, disse o candidato.

Luís Cirilo deu conta de que pretendia apresentar um programa “mais rigoroso”, na questão financeira, mas critica o facto de ainda não lhe terem sido facultados os documentos por si solicitados, aquando da formalização de candidatura. “Tivemos uma reunião no clube de seis horas, e no fim a Lista A deu-nos uma mão cheia de nada”, atirou.

Coube a Cristina Cepa Carvalho, candidata a vice-presidente da Área Financeira, traçar o plano estratégico de consolidação de contas, intervenção baseada nos dados que remontam a junho de 2024. Recorde-se que o Vitória havia lançado os resultados financeiros até 31 de dezembro, à mesma hora da conferência de imprensa, facto que impossibilitou em tempo útil, uma avaliação às mesmas, naquele momento, por parte da equipa de Luís Cirilo.

Na sua intervenção, a candidata anunciou que a Lista A tem “condições para obter novas parcerias, novos financiadores com taxas mais vantajosas, parceiros nacionais para as infraestruturas”, dando conta que as conversações estão em andamento. Para a auditoria às Contas, a Lista A propõe “e muito gostaríamos que fosse de 10 anos para trás, mas temos de solicitar propostas, e ter muita atenção ao custo que isso pode representar para o clube”. Para os sócios do Vitória, “será promovida uma subscrição especial de capital, que lhes permita tornarem-se acionistas da SAD e participar ativamente nas Assembleias Gerais de Acionistas”, disse ainda.

Além disso, coloca a hipótese de, em caso de necessidade e “face à precária situação financeira do clube, negociar o nome do Estádio com uma marca de reconhecido prestígio, mas mantendo sempre a expressão “D. Afonso Henriques””, referiu.

A redução do passivo é outra das bandeiras da candidatura. “A renegociação do passivo a curto prazo e a redução, sem por em causa a competitividade das equipas”. Aqui, propõem-se a, “sempre que uma venda seja financeiramente positiva para o clube, até 10% sobre o valor líquido, será para abater ao passivo, melhorando os capitais próprios”.

Além disso, é objetivo obter parcerias e financiamentos “com taxas mais vantajosas, com investidores nacionais e internacionais, parceiros que deverão investir nas equipas desportivas, mas também no património”. Para promover a entrada de capital na SAD, a ideia é a de “promover a entrada minoritária no capital social da SAD de investidores credíveis que permitam alavancar o clube”, assim como “promover a entrada minoritária no capital especial para sócios, transformando-se em acionistas da SAD”.

Aquisição do Pavilhão do Inatel consta do programa

Outras das áreas prioritárias é a do Património. A Lista A inclui no programa eleitoral um novo Complexo Desportivo e um local para nova Academia, a definir com a Câmara Municipal de Guimarães, assim como ginásios, pavilhões e piscinas para as modalidades.

Entre as propostas está também a aquisição do pavilhão do INATEL. Luís Cirilo Carvalho quer ver aquele espaço reativado como anfiteatro para jogos das equipas de andebol ou basquetebol e propõem-se ainda a concluir o miniestádio do Complexo.

No Futebol, entende como prioritário qualificar o plantel A e trabalhar para que a equipa B alinha na II Liga.  Constituir a Fundação Vitória Sport Club, orientada para a Solidariedade Social Educação e Cultura, é também proposta, assim como concluir a revisão dos estatutos do Vitória e, anualmente, promover a Gala dos Conquistadores.