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Auxiliares de ação educativa juntam-se à greve dos professores

Escola João de Meira permanece encerrada.

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Os auxiliares de ação educativa da escola João de Meira, que hoje está novamente encerrada, juntaram-se à greve dos professores. Alice Correia, em declarações ao Mais Guimarães, explicou alguns dos motivos que a levaram a juntar-se à greve.

“Trabalho numa sala CAA (Centro de Apoio à Aprendizagem) que integra uma unidade com crianças com NEE (Necessidades Educativas Especiais). Nesta sala temos 11 alunos e a maior parte deles são crianças com características muito especificas e que dependem a 100% de um adulto. Usam cadeiras de rodas, usam fralda, comem por sonda, têm disfagia, fazem medicação, têm convulsões e podemos um dia ficar com uma destas crianças nas nossas mãos”, começou por lembrar.

“Por essas razões, deveriam existir formações específicas para quem trabalha com estas crianças, que até deviam ser acompanhadas por um enfermeiro. Há dificuldade em substituir-nos quando faltamos por falta de pessoal não docente, e porque não é qualquer pessoa que quer trabalhar nesta sala com estas crianças”, acrescentou.

E prosseguiu nas justificações. “Deveria haver rotatividade na sala para evitar o desgaste quer físico quer psicológico, principalmente das pessoas que têm mais idade, pois é um trabalho que também exige força para pegar nos alunos. É um trabalho que exige muito fisicamente e psicologicamente. Por isso, lutamos por melhores condições de trabalho e salário mais justos, pois quem trabalha com estas crianças recene o mesmo que os outros colegas que estão no bloco”.

Alice Correia fundamenta ainda a greve com outros parâmetros que exigem ser alterados. “Lutamos também pelo fim da avaliação por quotas. Temos uma colega que está de baixa há dois anos e como não está ao serviço, só a podem avaliar pela última avaliação. O excelente é sempre para essa colega e nós, que estamos a trabalhar, não temos direito ao excelente. Temos uma trabalhadora-estudante que falta na altura dos exames e tem todo o direito, mas nessa altura a colega que está na biblioteca tem de estar na biblioteca e vigiar dois blocos. Quem está a faltar conta para o rácio também. Quem está com as crianças com múltiplas necessidades, também contam para o rácio. Ou seja, andamos todos sobrecarregados”, concluiu.

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