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Bairros Comerciais Digitais: Inovação poderá chegar a perto de 500 lojas

Após a manifestação de interesse, poderá seguir-se uma candidatura a fundos do Plano de Recuperação e Resiliência para inovar em tecnologia no setor do comércio e espaço público.

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Na passada quinta-feira, 24 de março, o vereador Paulo Lopes Silva apresentou o projeto de inovação tecnológica do espaço público “Bairros Comerciais Digitais”. Ainda em fase de manifestação de interesse, após uma avaliação e uma fase de candidatura, poderá beneficiar dos fundos do PRR, num valor máximo de 2 milhões de euros.

Os “Bairros Comerciais Digitais” pretendem incorporar tecnologia numa importante área comercial de Guimarães, como é a que compreende a alameda São Dâmaso, o largo do Toural, a rua de Santo António, a rua de Gil Vicente e a rua de Paio Galvão. O objetivo é criar até 50 bairros comerciais tecnológicos, englobando cerca de 500 lojas: 57% comércio, 32% restauração e bebidas e 11% serviços.

Das propostas que o projeto pretende implementar, Paulo Lopes Silva destaca a “conectividade e harmonização urbanística, a oferta em plataformas eletrónicas, a digitalização da experiência de consumo, a integração em soluções logísticas coletivas, a digitalização das infraestruturas adjacentes, informação em tempo real”.

“A estratégia passa, essencialmente, por dotar de maior capacitação do ponto de vista das novas tecnologias, usar essas novas tecnologias para haver mais informação sobre transportes públicos, sobre estacionamento, sobre a agenda cultural da cidade e sobre toda a dinâmica também turística do território”, explicou Paulo Lopes Silva.

O projeto procurará ainda fomentar a fluidez de percursos, promovendo novos caminhos pedonais e a mobilidade suave, a criação de um portfólio de serviços e equipamentos mais alargado, uma identidade visual partilhada, montras digitais, expansão da rede WiFi, e outro tipo de inovações com vista à criação de um espaço tecnologicamente avançado. A valorização da atual plataforma de Quiosque Eletrónico está também contemplada, através do desenvolvimento de novas funcionalidades, da integração das Lojas com História, entre outras novidades.

O consórcio desta manifestação de interesse é constituído pelo Município de Guimarães, Confederação Empresarial da Região do Minho, Associação de Jovens Empresários de Guimarães, Associação Vimaranense de Hotelaria e Associação do Comércio Tradicional de Guimarães, tendo como parceiros o Laboratório da Paisagem, o Instituto de Design, a Universidade das Nações Unidas, A Oficina e o Centro de Computação Gráfica.

Passando a fase da manifestação de interesse, o Consórcio entrará na fase da candidatura aos fundos do PRR, finda a qual, e em caso de sucesso, o projeto começará a ser implementado. A primeira fase deverá ter uma decisão dentro de aproximadamente dois meses, e a segunda fase até ao final do ano em curso.

Bruno Fernandes critica “estratégia seguida nos últimos anos que conduziu ao atual estado do comércio no concelho”

Para o vereador eleito pela Coligação Juntos por Guimarães, Bruno Fernandes, “tão importante quanto os projetos de futuro, é importante avaliar o que foi feito no passado e as medidas que podemos implementar no presente”.

Apesar de considerar o projeto “inovador e muito futuro”, diz que não se pode “deixar de cuidar daquilo que é o essencial”. “Só poderá haver um projeto para o comércio se houver comércio, e, para haver comércio, o centro da cidade tem que ter as condições de atratividade para que os investidores possam aqui localizar os seus negócios e para que os consumidores possam ter acesso ao comércio de rua”, frisa.

Lembrou, assim, as críticas que têm sido feitas pelo PSD e pela coligação no que diz respeito à estratégia do município para o comércio e para o centro da cidade. “É muito importante, acima de tudo, fixar uma estratégia clara para aquilo que é o comércio em Guimarães e não assistir apenas àquilo que parece ser uma triste sina de encerramento sucessivo de lojas nas principais ruas da cidade”.

Bruno Fernandes diz que “há aqui vários patamares de intervenção” e que o projeto Bairros Digitais “é já do 4.0, mas ainda nem sequer concretizamos o 1.0, que é um comércio pujante no centro da cidade, que depois é transformado num bairro digital”. “Querer digitalizar um bairro comercial quando as lojas estão fechadas, é um bocado contraproducente”, critica.

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