Bloco questiona Governo sobre cantinas escolares de Guimarães

Situação vivenciada por estes trabalhadores "é inaceitável e carece de intervenção urgente".

greve-cantina

Os trabalhadores das cantinas escolares de Guimarães estiveram, na terça-feira passada, em greve. Foi uma paralisação total dos trabalhadores da Uniself, S. A., que afetou largas centenas de alunos das escolas vimaranenses. O Bloco considera a situação que estes trabalhadores vivem “inaceitável” e dirigiu uma pergunta ao Governo, exortando à intervenção da Autoridade para as Condições do Trabalho.

A greve surgiu como “uma resposta a uma situação de grande precariedade no trabalho, salários baixos e fracas condições de trabalho”. “A esmagadora maioria são trabalhadores precários que todos os anos assinam contratos e todos os anos são despedidos”, explicou Francisco Figueiredo, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Norte.

Em causa está, assim, a luta pela passagem ao quadro de todos os trabalhadores contratados a termo, pela contratação direta de todos os trabalhadores pela Uniself sem qualquer recurso a empresas de trabalho temporário, por um horário completo de 40 horas semanais para os trabalhadores das cantinas de confeção bem como por uma carga horária mínima de quatro horas diárias e 20 horas semanais para os trabalhadores das cantinas transportadas. Lutam também pela reclassificação e a contratação de trabalhadores com a categoria de despenseiro e encarregado para todas as cantinas de confeção, assim como o pagamento das horas em dívida trabalhadas em janeiro e fevereiro.

Para o Bloco de Esquerda, a situação vivenciada por estes trabalhadores “é inaceitável e carece de intervenção urgente. É incompreensível que haja trabalhadoras que todos os anos são despedidas no final do ano letivo para serem novamente contratadas em setembro; este é um expediente por parte da entidade patronal que merece censura”. De igual modo, vincam em comunicado, “não se pode compreender que os trabalhadores sejam sujeitos a horários de trabalho que tonam impossível compatibilizar a vida pessoal com a profissional ou que os seus horários de trabalho sejam tão reduzidos que não permitem salários dignos”.

O Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda questionou, por este motivo, o Governo, através da Ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, sobre esta situação.

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