No passado dia 17 de setembro, os Bombeiros Voluntários de Guimarães deram as boas-vindas às 52 pessoas que se inscreveram como candidatos a bombeiros voluntários e tornaram esta campanha numa assinalável adesão dos jovens à causa de auxílio e socorro à população.

Sem dúvidas de que “os bombeiros são extremamente importantes no dia de hoje, mas vão ser ainda mais importantes no dia de amanhã”, João Pedro Castro, presidente da direção da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Guimarães (BVG), acredita que sábado foi um dia “importante e feliz”, uma vez que é um novo passo para aqueles que se inscreveram.

“Há sensivelmente três meses lançamos uma campanha que correu muito bem. E correu bem porque cada uma de vocês e cada um de vocês decidiu dar o passo e decidiu abraçar esta causa que são os Bombeiros Voluntários de Guimarães”, disse enquanto se dirigia aos presentes, “uma massa humana verdadeiramente extraordinária, pessoas com muito valor, jovens, mas com garra e dinamismo”.

Para o presidente da direção, “ser bombeiro é marcar a diferença na população, em cada um dos vimaranenses, em Guimarães, e, acima de tudo, em cada um dos nossos conterrâneos”. Aos presentes deixou a missão de agarrarem este desafio “como sendo o único e provavelmente o mais importante até então e, quem sabe, também no futuro”.

Ao Mais Guimarães, Bento Marques, comandante dos BVG, confessou que esta fase deu um “maior ânimo e força para conseguir prosseguir o trabalho que tem sido feito”. “Fiquei muito satisfeito enquanto responsável máximo da parte operacional com aquilo que vi hoje, tanto do feminino como do masculino, com todo o interesse e empenho de contribuir para dar à sociedade um número melhor e maior de bombeiros”, confessou.

“É normal ter medos e mesmo um bombeiro que tem 10 ou 20 anos de casa continua a ter medos”

Tem agora início o processo formativo da escola de bombeiros e João Pedro Castro não nega: “é intenso, é algo duro, não é complexo, mas queremos bons bombeiros”. Ao Mais Guimarães, adiantou que o processo tem uma parte formativa, mas também tem uma parte prática muito grande.

“Estamos a falar de jovens que, às vezes, ao primeiro obstáculo ou desafio alguns tendem a desistir”, referiu o presidente frisando que não é isso que os BVG querem. A força está dada aos mais recentes integrantes da família: “vão à luta, superem os obstáculos, têm aqui uma corporação e uma instituição que fará tudo para que corra bem. De certeza absoluta que, chegando à parte final, tudo vai valer a pena e o reconforto vai ser enorme”.

Numa atividade onde, certamente, existirão muitos medos a ser superados, como o medo do fogo ou das alturas, o presidente lembra que “é normal ter medos” e que mesmo um bombeiro que tem 10 ou 20 anos de casa continua a ter medos. “O que queremos é que saibam lidar com os medos e não fiquem inaptos por causa disso”, reforça.

“Aqui fazemos pessoas”, reforçou Bento Marques que afirmou que por lá já passaram “muitas direções, muitos comandantes, bombeiros, e a instituição fez sempre grandes homens e grandes mulheres e com grandes carreiras, quer dentro, quer fora do corpo de bombeiros. Aprendem muito, porque trabalham para uma sociedade e para o bem comum de todos”.

A instituição, que celebra este ano 145 anos, utiliza como mote a frase “onde vai um vão todos”. E é isso mesmo que querem passar àqueles que agora entram. “É uma insituição que sabe receber, que sabe formar, que sabe estar disponível para as vossas dificuldade e sabe estar cá sempre que vocês precisarem”, terminou João Pedro Castro.