“Breu” vê a luz do dia a 1 de julho no Palácio Vila Flor

Dupla de artistas Daniel Moreira e Rita Castro Neves cria um espaço de confluências a partir da experiência da escuridão.

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O Palácio Vila Flor prepara-se para mergulhar, a 1 de julho, na escuridão com Daniel Moreira e Rita Castro Neves a proporem explorar novos horizontes, olhares diferenciados e perspetivas alternativas que ora clareiam, ora turvam e obscurecem a visão do(s) nosso(s) mundo(s).

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A exposição “Breu” pode conhecer-se e explorar-se livremente a partir das 16h00 do próximo sábado na companhia dos referidos artistas-autores e do respetivo curador, Ivo Martins.

Os artistas chamam a si a possibilidade de mostrar a partir do escuro para continuar a sua busca sobre como representar o que está do lado de fora, na imensidão do território. A exposição evoca a confusão dos tempos – do andar, do estar e do fazer, e os contornos fluidos e enublados do mundo. “Já que por vezes é necessário fechar os olhos para nos concentrarmos, tatear para compreender o espaço, penetrar o breu para conseguirmos ver melhor”, lê-se na sinopse.

Os artistas-autores desta exposição, Daniel Moreira e Rita Castro Neves, vivem e trabalham entre o Porto e a Beira Alta. Daniel é licenciado em Arquitetura, tendo iniciado, em 2000, um percurso multidisciplinar entre a arquitetura e as artes plásticas. Rita Castro Neves, após terminar o Curso Avançado de Fotografia do Ar.Co em Lisboa e o Master in Fine Art da Slade School of Fine Art de Londres, iniciou uma atividade artística regular, de docência (atualmente na Faculdade de Belas Artes do Porto) e de curadoria (sobretudo na área da performance).

Com percursos artísticos separados, esta dupla de artistas que agora chega a Guimarães começou a trabalhar em colaboração com Laking, que realizou em 2015 a convite do espaço artístico finlandês Oksasenkatu 11, iniciando um projeto longo a propósito da representação da paisagem, em que reflete com o desenho, a fotografia e o vídeo, de forma instalada, sobre colaboração artística, diferentes técnicas e culturas artísticas, território, escala e percurso. Desde então realizam diversas exposições individuais e coletivas, bem como residências artísticas. Em 2020, Daniel e Rita terminam o projeto de recuperação da Escola de Macieira, uma antiga escola primária do Plano dos Centenários na Serra de São Macário, na Beira Alta, para aí iniciarem um projeto de reflexão sobre cultura serrana, a natureza e o rural, e logo pela ecologia, a biopolítica e a preservação ambiental.

Para além do dia 1 de julho, haverá a oportunidade de conhecer esta exposição numa incursão diferenciada e participar numa abordagem orientada a esta nova proposta artística no domingo, dia 2, às 11h00, na companhia da mediadora e artista plástica Patrícia Geraldes.

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