Bruno Fernandes questiona o município sobre acessibilidade ao Parque da Mumadona
"Fomos alertando e desafiando o Município a encontrar soluções”, disse Bruno Fernandes no período antes da ordem do dia da reunião de câmara desta segunda-feira, dia 06, lembrando os problemas de acessibilidade ao parque Condessa Mumadona.
É um problema que levantamos e cuja solução “se arrasta, pelo menos, desde 2016”, de disse o vereador do PSD eleito pela coligação Juntos por Guimarães. Domingos Bragança defende-se afirmando que a solução tem esbarrado na “ propriedade intelectual”, que está salvaguardada pelo arquiteto Siza Vieira.
“Fomos alertando e desafiando o Município a encontrar soluções”, disse Bruno Fernandes no período antes da ordem do dia da reunião de câmara desta segunda-feira, dia 06, lembrando os problemas de acessibilidade ao parque Condessa Mumadona.
“Recordo que, em junho de 2020, à data o Sr. vereador Seara de Sá, nesta mesma sala, fez uma informação detalhada daquela que era a problemática e da estratégia que município tinha. Hoje o presidente da Câmara já disse que não é bem aquilo que foi dito lá atrás, que já está com outra solução”, que passa pela colocação de um elevador, referiu o vereador.
Para Bruno Fernandes “uma cidade que quer ser exemplo, um concelho que se preocupa com as pessoas com dificuldade de mobilidade não pode ter um parque de estacionamento da sua responsabilidade que não permite um acesso correto e digno a quem tem dificuldades de acessibilidade, nomeadamente as pessoas portadoras de deficiência, um cidadão que tem uma limitação temporária ou até os jovens casais que têm filhos que necessitam de serem transportados em carrinhos de bebé”.
A câmara municipal, acrescentou o vereador social democrata, “mais uma vez, empurra o problema com a barriga”. Esta é uma “marca de Domingos Bragança”, vinca Bruno Fernandes, afirmando que “questões que se arrastam há vários anos, ele não os resolve, vai anunciando soluções técnicas que não passam disso mesmo, sem resolver os problemas que afetam os cidadãos”.
No final da reunião, aos jornalistas, Bruno Fernandes disse ainda que “hoje todos percebemos que o senhor presidente da Câmara já se tinha esquecido deste problema. A resposta ao que aqui trouxemos demonstra bem a importância que ele dá a este problema da acessibilidade ao parque da Mumadona”.
Na resposta ao vereador, o presidente da Câmara lembrou que a principal dificuldade tem sido a “propriedade intelectual” do parque, que foi salvaguardada por Siza Vieira, que o projetou. “Se não convencermos o Sr. arquiteto não vamos a lado nenhum”, disse o edil.
Domingos Bragança lembrou ter estado reunido “há alguns anos” com o arquiteto Siza Vieira tendo apresentado a solução da colocação de um elevador “do lado esquerdo do edifício”, mas que essa solução esbarrou na proposta do arquiteto que pretendia “mexer em todo o parque, o que exigia avultados recursos financeiros, e não concordamos”, contou o presidente.
Entretanto, Domingos Bragança comprometeu-se com executivo em “trazer informação mais pormenorizada” sobre esta situação em próximas reuniões.
O presidente da Câmara lembrou também que continua a ser objetivo do município o prolongamento da adarve da muralha até ao Monte Latito, algo que poderá também ser abordado em novos encontros com o arquiteto. E disse também que, “desde há quatro ou cinco anos”, o município de Guimarães quando adjudica projetos “não permite a propriedade intelectual”, para evitar bloqueios como este.
“Quem quiser concorrer nestas condições, concorre. Quem não quiser, não concorre”, terminou Domingos Bragança.
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