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Bruno Fernandes: “Um novo projeto que quer que Guimarães volte a crescer”

O candidato da coligação Juntos por Guimarães diz sentir, no terreno, “descontentamento” com a atual gestão do município.

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O candidato da coligação Juntos por Guimarães diz sentir, no terreno, “descontentamento” com a atual gestão do município.

© Cláudia Crespo/Mais Guimarães

Depois de percorrer o concelho, nesse contacto com as pessoas, está mais confiante de que seja possível, à coligação, ganhar as eleições?

O projeto que tenho a honra de liderar não é um projeto que começou agora, é um projeto de há muitos anos, em que o PSD, numa primeira fase, e depois, em coligação, foi construindo uma alternativa credível à gestão do Partido Socialista que, como sabemos, lidera a Câmara Municipal há trinta e dois anos.

Aquilo que eu sinto, neste momento, é que no terreno existe um descontentamento com a atual gestão, que também resulta de um cansaço, de nos últimos anos o município estar a perder gás claramente, de não estar a liderar, de não estar a ter uma estratégia que coloque Guimarães a um nível que Guimarães tem que estar. 

Domingos Bragança, recentemente, relativamente à perda de população de Guimarães, disse que é um problema que se resolve rapidamente, com maior oferta de habitação. Partilha dessa opinião? 

Eu acho que é um dos principais problemas desta gestão do município é desvalorizar aquilo que é uma evidência, é o adiar da resolução dos problemas, é o relativizar as questões que são fundamentais e estratégicas para Guimarães. 

Outra prática que está enraizada nesta gestão é, perante um problema faz-se um anúncio, achando que com esse anúncio o problema está resolvido. O que eu pergunto é, o que é que foi feito nos últimos oito anos para resolver, precisamente, o problema da habitação? Aquilo que foi referido pelo candidato do Partido Socialista, não vai resolver o problema da habitação nem vai resolver o problema da demografia. A habitação que está a ser licenciada é para o centro da cidade, não é a habitação que vai responder ao casal padrão do concelho de Guimarães, que vive em todo o concelho, que tem rendimentos, infelizmente, baixos.

Domingos Bragança anunciou também habitações a preços controlados para os vimaranenses…

Dou um exemplo muito concreto, que eu acho que diz muito daquilo que são as promessas do candidato do Partido Socialista. No último mandato, na última campanha eleitoral, sobre a questão não da habitação, mas da habitação social, esta maioria prometeu fazer cerca de setenta casas de habitação social. Passaram quatro anos e o resultado é… zero!. Portanto, o histórico a este nível do candidato do Partido Socialista não dá confiança absolutamente nenhuma sobre aquilo que ele vem agora apresentar para futuro. 

“O legado que recebemos exige que na gestão do município haja uma estratégia de futuro, que coloque Guimarães onde tem que estar.”

Bruno Fernandes

A mobilidade tem disso apontada, também, como um dos principais problemas de Guimarães, pela coligação Juntos por Guimarães. 

O município de Guimarães não teve, nas últimas décadas, uma estratégia para o transporte público. Também não teve uma estratégia para a mobilidade do concelho naquilo que diz respeito à interligação da cidade com os principais polos habitacionais do nosso concelho. As estradas que temos hoje são as mesmas de há trinta anos atrás. 

E depois há a questão dos transportes públicos. É verdade que há já uma concessão, que está a ser adiada há vários anos e que só, ao que percebemos, inicia o contrato em janeiro de 2022, com o prejuízo que isto tem trazido, naturalmente, ao desenvolvimento do concelho.

Mas vêm aí vinte e um autocarros elétricos…

Pois, metade da frota e o resto da frota tem entre dez e vinte anos. Vem aí! Mas nós estamos em 2021 e, muitos municípios, já fizeram esta revolução há muitos anos e agora nós estamos, sempre aqui, com um atraso significativo. E nós ainda não sabemos muito bem como é que vai ser esta rede que pretende chegar a todas as freguesias e que, como já percebemos, não chegará a todas.

Guimarães tem feito um caminho sustentável para conseguir alcançar o desígnio de ser Capital Verde Europeia?

Na altura (da candidatura), eu disse, acho que começamos a casa pelo telhado. Acho que Guimarães tinha que, de facto, resolver o problema dos rios, tínhamos que introduzir o transporte público, tínhamos que fazer um caminho a vários níveis, que fosse capaz de, depois sim, sermos reconhecidos pela forma como introduzimos essas novas práticas e esse modelo de governança no nosso território. Fomos atrás do título, por isso é que, provavelmente o título não foi alcançado e depois ficamos todos com a sensação de que o projeto esmoreceu.

© Cláudia Crespo/Mais Guimarães

No programa da coligação Juntos por Guimarães, referem que querem que este seja um território mais amigo dos empresários e das empresas.

Guimarães tem uma marca industrial que não é de agora. Ao município apenas cabe acarinhar, incentivar e apoiar e acima de tudo não ser um problema para as empresas. E eu acho que o município está a ser um problema para as empresas, esta é a questão de fundo. Há um parque industrial neste concelho em que todos os invernos tem que ir um trator agrícola rebocar camiões que ficam retidos, há um outro que não tem saneamento. E isto não é ser amigo do empresário? Esta maioria prometeu a ampliação do parque de Ponte e a construção de um novo parque industrial em Moreira de Cónegos. Nada foi feito a este nível ao longo dos últimos oito anos. 

Entretanto, há uma via de ligação ao Avepark que está prevista…

Mas o parque tem vinte anos, estamos a discutir agora a via? E este tempo todo? Lá está, começamos a casa pelo telhado. Primeiro construímos o parque, sabemos que ele tem ali um fator decisivo para a instalação de empresas, que é a acessibilidade, e ainda andamos a discutir, à espera que venha aqui um projeto de fundos comunitários resolver o problema.

E incentivos fiscais para que as pessoas e empresas permaneçam em Guimarães, que venham para Guimarães?

A Câmara Municipal dispõe de uma panóplia alargada de impostos e taxas onde pode mexer. Há muitos anos que vimos a dizer que há margem para o município baixar o IMI, por exemplo, que curiosamente baixou neste último ano, talvez por ser ano eleitoral. 

Porque motivo devem os vimaranenses votar na coligação Juntos por Guimarães?

Os vimaranenses têm que, no dia das eleições, fazer esta reflexão: Continuar com esta atual gestão que dá sinais claros que não está capaz de resolver os principais problemas de Guimarães ou, então, dar oportunidade a uma nova equipa, a um novo líder, a uma nova gestão, a um novo projeto que quer, acima de tudo, que Guimarães volte a crescer, que volte a ter a preponderância que teve no passado, que seja um exemplo nas mais diversas áreas. E isso, só é possível com uma nova energia, com um município que esteja focado realmente nos problemas dos cidadãos.

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