A inauguração foi promovida pela Junta de Freguesia da Cidade, numa cerimónia marcada pelo simbolismo e envolvimento cívico. O novo centro nasce da requalificação de um edifício devoluto, transformado graças à colaboração entre Junta e comunidade local. Trata-se, a partir de agora de um polo de vida social, cultural e solidária para os moradores da Atouguia. O projeto destaca-se pelo envolvimento voluntário de muitos residentes, que contribuíram diretamente para as obras de recuperação.

A cerimónia contou com a presença de diversas personalidades, entre as quais o presidente do Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU), Benjamin Pereira; a vereadora Paula Oliveira, em representação do presidente da Câmara Municipal de Guimarães, o vereador e deputado, Ricardo Araújo, e o Chefe Coordenador da PSP, João Antunes. Marcaram também presença elementos da Assembleia de Freguesia, representantes de instituições locais e muitos moradores.

Durante a manhã, decorreu ainda uma mesa redonda dedicada ao tema da Habitação Social, moderada pela assistente social Margarida Sousa. A iniciativa juntou várias entidades para debater os desafios habitacionais na Atouguia e contou com a presença especial do arquiteto Pedro Ramalho, autor do projeto original da urbanização em 1973. Aos 88 anos, Ramalho alertou para a responsabilidade do Estado na garantia do direito à habitação condigna.

Na sua intervenção, o presidente do IHRU deixou uma mensagem de compromisso: “Estamos a reforçar a nossa capacidade tecnológica e os nossos quadros para melhor servir os nossos cidadãos. O trabalho é árduo e difícil, mas vamos cumprir a nossa missão. Estar aqui hoje é assumir esse compromisso convosco”. A vereadora Paula Oliveira encerrou a sessão solene com palavras de reconhecimento ao envolvimento da comunidade e reforçando a disponibilidade da autarquia para apoiar projetos que promovam a coesão social e territorial.

Com horário fixo e uma oferta regular de atividades como ginástica sénior, aulas de pintura, eventos culturais e reuniões comunitárias, a C.A.S.A.. Para Rui Porfírio, presidente da Junta de Freguesia, este é um momento de orgulho coletivo: “Quando comprámos este edifício, estava em avançado estado de degradação. Foram os próprios moradores que o ergueram, com dedicação e espírito comunitário. Trabalharam após o expediente e aos fins de semana. Hoje, devolvemos-lhes este espaço. A C.A.S.A. é de todos nós”.