Campo de S. Mamede pode vir a acolher estátua de D. Afonso Henriques apresentada em Coimbra

Antes de rumar a Zamora.

campo s. mamede

Pelas mãos de dois artistas vimaranenses, Dinis Ribeiro, escultor, e Abel Cardoso, arquiteto, nasceu mais uma obra em homenagem a D. Afonso Henriques. A estátua surge como uma caracterização de Afonso Henriques com 14 anos, agarrado a uma espada, refletindo a sua investidura como cavaleiro, um momento histórico documentado.

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Com destino a Zamora, no âmbito do evento “D. Afonso Henriques- Zamora 2023”, organizado pela Grã Ordem Afonsina, em parceria com a Fundação Rei D. Afonso Henriques de Zamora e a Sociedade Histórica da Independência de Portugal, a estátua deverá ser inaugurada a 29 de abril. A estátua, que pesa 15 toneladas e mede seis metros, ficará em exposição nos jardins da Fundação D. Afonso Henriques, antigo Mosteiro de S. Francisco, local onde decorrerá a inauguração, com a presença de Dinis Ribeiro.

Antes do evento em Espanha, a escultura vai passar pela cidade de Coimbra, na Praça das Cortes, esta quarta-feira, 12 de abril. A “cidade dos estudantes” aceitou o repto lançado pela Grã Ordem Afonsina, que também se estendeu a Lisboa e, claro, à cidade-berço. Esta última, contrariamente à expectativa da associação vimaranense, não respondeu atempadamente ao pedido, o que terá motivado o convite às outras duas cidades a centro.

No requerimento que deu entrada a 1 de fevereiro na Câmara Municipal de Guimarães, a Grã Ordem Afonsina expressa o desejo de que o município “pudesse ser parceiro nesta nossa iniciativa, tendo em conta que será a primeira escultura do nosso Rei Fundador a ser colocada em terras espanholas”.

Oposição critica “falta de interesse” da Câmara Municipal

O local apontado pela Grã Ordem Afonsina para a exposição da obra, junto à capela da Nossa Senhora da Guia, não colheu parecer favorável da autarquia e das entidades externas. Ainda assim, esta justificação não foi bem-vista aos olhos da oposição que considera que “faz todo o sentido que a estátua seja exposta em Guimarães antes de rumar a Zamora”, até porque se trata de “uma iniciativa da sociedade civil que os vimaranenses acarinham”.

Para Vânia Dias da Silva, vereadora da coligação Juntos por Guimarães, “ficou claro particular desinteressa da Câmara em ter a estátua ser exibida de Guimarães”.

Domingos Bragança, presidente do município, reconheceu o mérito das iniciativas levadas a cabo pela Grã Ordem Afonsina que honram a memória do Primeiro Rei e lembrou que “o município partilha autoridade com outras tutelas”, como é o caso da Direção Regional de Cultura do Norte. Com um parecer negativo relativo à localização da exposição temporária em Guimarães, e com o requerimento a ter sido entregue com um prazo bastante curto, o edil não descarta a possibilidade de a obra passar pela cidade-berço.

Em declarações ao Mais Guimarães, Paulo Lopes Silva, vereador da Cultura, adiantou que na reunião da passada quinta-feira, com os representantes da associação vimaranense, foi proposta uma nova localização.

“Foi feita uma proposta de local e data alternativos, que está neste momento a ser avaliada pela Grã Ordem Afonsina. A decisão deve ser conhecida nos próximos dias”, afirmou.

Ao que o Mais Guimarães apurou, o local alternativo sugerido pelo município é o Campo de S. Mamede. Caso este seja aceite pela Grã Ordem Afonsina, a estátua deverá chegar ao local no início da próxima semana, a 17 ou 18 de abril.

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