CDU CRITICA PRÁTICAS DO SETOR INDUSTRIAL DO VALE DO AVE

Jerónimo de Sousa esteve em Pevidém, onde teceu críticas ao setor industrial do Vale do Ave e apelou ao voto na CDU.

@Pedro Castro Esteves/ Mais Guimarães

Num comício que contou com trabalhadores do setor têxtil, vestuário e calçado, Carla Cruz, cabeça de lista do Partido Comunista Português (PCP) contou com um apoio de peso, a poucos dias das eleições legislativas. O secretário-geral do Partido Comunista, Jerónimo de Sousa, esteve, esta tarde, na junta de freguesia Pevidém para discursar numa sessão pública onde o enfoque recaiu no setor industrial do Vale do Ave.

O secretário-geral do Partido Comunista iniciou a intervenção revelando que marca presença na região para “dar visibilidade aos 170.000 trabalhadores” da indústria e lembrou que nesta região encontram-se “líderes mundiais” nas respetivas áreas, que nas notícias se apresentam como sendo “dos melhores do mundo”. Imagem que, segundo o líder comunista contrasta com as “dificuldades nas mesas de negociação” entre patrões e trabalhadores.

A sessão foi pautada por três momentos: o discurso da cabeça de lista da CDU pelo círculo eleitoral de Braga, Carla Cruz, depoimentos de trabalhadores do setor e, por fim, o discurso de encerramento de Jerónimo de Sousa. O discurso da candidata pelo círculo eleitoral de Braga focou-se no estado do setor empresarial do Vale do Ave que, de acordo com Carla Cruz, tem vindo a “definhar” e onde reina a desigualdade. “Continua a prática de baixos salários”, afirmou a deputada comunista.

A candidata apelou ao voto na CDU para “combater as desigualdades”, já que se trata de um setor “em que subsistem as falências e foram encerradas empresas e há salários em atraso. A deputada lembrou que “os trabalhadores do distrito Braga lutaram contra o código de trabalho e ataque à contratação coletiva”.

Discursaram também trabalhadores do setor, a maioria mulheres, que, como indicaram Carla Cruz e Jerónimo de Sousa são as mais afetadas “pelos salários baixos e carreiras comprimidas”, que provocam pensionistas com reformas baixas.

O apelo ao aumento do salário mínimo para 850 euros foi repetido por ambos os intervenientes. O líder comunista reitera que a proposta não seria somente proveitosa para os trabalhadores, mas também para as micro e pequenas empresas: “[Com o aumento do salário mínimo] também as empresas veriam crescer o consumo e a procura interna. Aos micro e pequenos empresários podem ser beneficiadas com o aumento do salário mínimo. Os problemas estão no acesso ao crédito bancário e custos dos fatores de produção.”

Nesta iniciativa, pala além do secretário-geral do PCP, participam as candidatas Carla Cruz, cabeça de lista do partido no distrito de Braga, Rosa Guimarães e Benvinda Machado. Carla Cruz é a única deputada pela eleita pela CDU pelo distrito nas últimas legislativas. Já Rosa Guimarães e Benvinda Machado são a número 2 e a número 19, respetivamente, da lista do partido às próximas eleições.

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