CHEGA: “Importa perceber se as conquistas de abril se traduziram numa melhoria significativa”

Mónica Teixeira, pelo partido Chega, interveio também na Sessão Solene da Assembleia Municipal, no Teatro Jordão, referindo que esta é uma celebração de “algo agridoce, pois não somos livres na sua totalidade”.

© Eliseu Sampaio / Mais Guimarães

A representante do Chega nesta sessão começou por afirmar que o 25 de abril de 1974, foi um “momento marcante da história de Portugal”, que “trouxe inegáveis modificações à nossa sociedade, nomeadamente quanto à implementação da democracia, liberdade de imprensa e liberdade de expressão”, e que a mudança de regime “suscitou também uma maior aproximação às instituições europeias que culminou com a adesão de Portugal à Comunidade Económica Europeia, em Junho de 1985”.

E realçou também que a “abertura democrática trouxe mais direitos às mulheres”, apesar de “hoje, após 49 anos de liberdade, estarem mais condicionadas, pela carência económica causada pela inflação vivida no nosso país, e pela falta de suporte às famílias, nomeadamente dos infantários”, lembrando que é, em Guimarães, “uma tarefa muito dificil o acesso aos mesmos”.

Assim, “após todos estes anos de regime democrático, importa perceber se as conquistas de Abril se traduziram numa melhoria significativa para o povo português”, questionou a porta-voz do Chega nesta sessão.

Para Mónica Teixeira, o processo de descolonização de 1975 “foi, e continua a ser, uma ferida aberta na sociedade portuguesa, porque os combatentes do ultramar, os retornados e os portugueses nativos das províncias ultramarinas ainda sofrem com a falta de reconhecimento do seu esforço na defesa dos territórios de Portugal e quase todos se sentem defraudados, enganados, esquecidos”, garantindo que o partido Chega “não esquece nenhum”.

Quanto à corrupção ou índice da perceção da corrupção, referiu que Portugal “aparece em 33º lugar no ranking mundial, sendo que a corrupção não era tolerada nem se conhecem episódios antes do regime democrático”.

Podemos até estimar, acrescentou Mónica Teixeira, que, “infelizmente, por via dos sucessivos escândalos deste desgoverno socialista com que diariamente somos confrontados, ainda possamos baixar mais no índice de perceção da corrupção”.

“Na educação, saúde, defesa nacional e segurança pública, as carências são cada vez maiores”.

Mónica Teixeira

Na sua intervenção, a militante do Chega disse também que “assistimos todos a uma total revolta e desmotivação, sendo notórias e visíveis as dificuldades do país para manter estes sectores a funcionar. Reforçando que, “na nossa cidade, temos escolas onde os alunos têm de levar cobertores de casa para se manterem quentes, o que é inadmissível”.

Mónica Teixeira referiu-se também à perda de poder de compra dos portugueses e ao “aumento do número de pobres no nosso país, sem que se vislumbre qualquer alteração do paradigma.”

E também criticou a “vinda descontrolada de migrantes económicos que colocam imensa pressão no mercado de arrendamento para as famílias portuguesas”. Aqui, em Guimarães, disse, a falta de habitação é “vivida de uma forma devastadora, tanto pela inflação, que cada vez é maior, como pelos inúmeros migrantes existentes na nossa cidade, fatores que não permitem que os nossos jovens vimaranenses tenham acesso à habitação a preços acessíveis”.

O 25 de Abril é a celebração de algo agridoce, pois não somos livres na sua totalidade.

Mónica Teixeira adiantou que não se pode falar em liberdade quando “não somos livres para ter uma cor partidária à direita, não somos livres para ir a uma consulta médica quando necessitamos, pois as filas de espera são extremamente longas, não somos livres para nos expressarmos em público, não podemos chamar menina a alguém do sexo feminino, ou não somos livres para comprar uma casa, pois a Euribor pode triplicar a prestação sem que o governo faça nada”.

©2023 MAIS GUIMARÃES - Super8

Fazer login com suas credenciais

Esqueceu sua senha?