A Comissão de Greve do Agrupamento de Escolas (AE) João de Meira, em comunicado enviado às redações, emitiu um comunicado direcionado aos pais e encarregados de edução.

Numa missiva assinada por João Martinho, a Comissão de Greve do Agrupamento de Escolas (AE) João de Meira agradecem o apoio e a compreensão que os pais têm dado e deixa um apelo à participação na “Marcha pela Escola Pública”“Na qualidade de pessoal docente e não docente do AE João de Meira que se tem manifestado em greves e outras manifestações de protesto e indignação a favor da Educação, da Escola Pública e da valorização da sua profissão, apelando ao respeito e à dignidade, desde o dia 09 de dezembro de 2022, vimos, por este meio, agradecer o apoio e o incentivo demonstrados por uma grande parte dos pais e encarregados de educação, nomeadamente, por exemplo, a nosso pedido, através das longas e intensas buzinadelas como sinal de solidariedade, quando passam à frente da escola e dos manifestantes”, começam por dizer

“Agradecemos também a compreensão e a solidariedade dos nossos alunos, muitas vezes manifestadas com estrondosas salvas de palmas à nossa entrada na escola depois de nos manifestarmos na rua e pela sua curiosidade, vontade de saberem e compreenderem as razões da nossa luta”, acrescentam.

A Comissão de Greve do Agrupamento de Escolas (AE) João de Meira deixou ainda uma garantia aos pais e encarregados de educação. “Sempre pusemos em 1º lugar os nossos alunos e que podem ter a certeza de que as aprendizagens essenciais que porventura possam estar, neste momento, atrasadas relativamente ao planificado no início do ano letivo serão recuperadas, pelo menos, com o esforço da parte dos professores”.

A greve tem causado transtornos, mas a Comissão de Greve do Agrupamento de Escolas (AE) João de Meira apela à compreensão. “Quanto aos problemas de natureza social provocados pela nossa luta não cabe a nós, escola, resolver! Os pais e encarregados de educação dizem: “compreendemos a greve dos professores, mas…”  Agora, coloquem-se no papel dos professores; nós também dizemos “Compreendemos as preocupações e prejuízos dos alunos e encarregados de educação, mas…”. O direito à greve é um direito constitucional e fundamental na democracia, mas não podemos ser democratas só quando é fácil ou não arcamos com os seus custos!”, recordam.

A terminar, a Comissão reitera as razões da sua luta. “Ao lutarmos, não estamos a ensinar Línguas, Matemática ou Expressões, mas estamos a ensinar Cidadania e a mostrar / ensinar, pelo exemplo, que podemos e devemos exteriorizar a nossa indignação, zelar pelos nossos direitos e lutar pelo que acreditamos. Queremos sublinhar que lutamos em prol da Educação, da Escola Pública e do futuro dos alunos e dos vossos e nossos filhos e familiares, para que a escola seja, verdadeiramente, um local de aprendizagem, crescimento e desenvolvimento humano. Os problemas que afetam a Educação e a Escola Pública não dizem respeito só aos seus profissionais, mas a toda a sociedade civil”.


Amanhã, a Comissão apela à participação da comunidade na “Marcha pela Escola Pública”. Com a participação de docentes e não docentes de todas as escolas do concelho de Guimarães, e de outras localidades vizinhas, de encarregados de educação, alunos e da sociedade civil em geral.

A marcha partirá da Escola João de Meira às 17.30 horas, passando depois pela Escola Martins Sarmento, Largo da Mumadona, com uma primeira concentração, Muralhas, Alameda de S. Dâmaso, Toural, com outra concentração mais demorada, Rua Paio Galvão, Escola Francisco de Holanda, descendo depois pela Rua Conde de Margaride em direção à Escola D. Afonso Henriques, onde terminará.

O evento, segundo é anunciado, contará com a presença de André Pestana, líder do Sindicato de Todos os Profissionais da Educação (S.T.O.P).