Covid-19 aumenta em seis vezes o risco de disfunção erétil
"Há cada vez mais evidência que poderá existir também uma base orgânica para o aumento de disfunção erétil em homens que tiveram COVID-19", dizem Nuno Tomada e Carlos Guimarães, urologistas no Hospital da Luz Guimarães.
A pandemia por COVID-19 tem vindo a afetar toda a nossa vida nas suas mais variadas facetas. As medidas tomadas a fim de proteger a população da doença, designadamente os períodos de confinamento e o isolamento social, conduziu a instabilidade socioeconómica, mas também teve forte impacto na saúde física e mental.
A saúde sexual também não saiu ilesa. Todos sabemos da importância de uma vida sexual plena para a nossa qualidade de vida, bem-estar e saúde global. A este nível, está inclusivamente demonstrado o benefício da atividade sexual na saúde cardiovascular e sistema imunitário, bem como na prevenção de distúrbios cognitivos e depressão.
Ora se por um lado, o aumento do stresse, da ansiedade e o humor deprimido causados pela pandemia, são fatores precipitantes para a disfunção sexual – tanto a nível da líbido no casal como desencadeante de disfunção erétil e/ou disfunção ejaculatória – por outro, há cada vez mais evidência que poderá existir também uma base orgânica para o aumento de disfunção erétil em homens que tiveram COVID-19 (risco 6 vezes maior em relação aos que não contraíram a doença).
Do que se sabe ao momento, a infeção por COVID-19, não só pode reduzir os níveis de oxigénio devido às lesões pulmonares que provoca, como parece afetar também o revestimento interno dos vasos sanguíneos com consequências na saúde cardiovascular, e atingir os testículos comprometendo a produção de testosterona (hipogonadismo). Parece estar aqui a base para a manifestação da disfunção erétil, muitas vezes bastante tempo depois da recuperação da infeção aguda.
Importante será também referir que, a grande maioria dos doentes com disfunção eréctil, por serem aqueles que mais fatores de risco cardiovascular apresentam, têm um risco de desenvolverem complicações graves devido à infeção por COVID-19 (risco cerca de 5 vezes superior em relação aos homens sem disfunção erétil).
É assim muito importante avaliar em cada paciente as causas da sua disfunção erétil para uma correção atempada dos fatores de risco e tratamento mais precoce e eficaz.
* Nuno Tomada, urologista (Consulta de Medicina Sexual) e Carlos Guimarães, urologista e diretor clínico do Hospital da Luz de Guimarães
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