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DESÂNIMO NO COMÉRCIO DE RUA

Lojistas do centro da cidade não notam reflexo do Natal nas vendas.

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A menos de uma semana para o Natal, o comércio tradicional de Guimarães não sentiu os efeitos desta época festiva. O Mercado de Natal, na Alameda de S. Dâmaso, dinamizou o centro da cidade, levando mais pessoas a passear pelas ruas, mas os comerciantes não notaram um aumento significativo nas suas vendas. Ainda assim, quem marcou presença no mercado considerou a experiência positiva.

O Natal é, por tradição, a época da partilha, da união e da solidariedade. No entanto, é também uma altura marcada pelas corridas às compras, na procura dos presentes ideais para oferecer. Numa cidade com duas grandes superfícies comerciais, e a menos de uma semana do Natal, o comércio tradicional ainda não sentiu os efeitos esperados nas suas vendas.

Carla Rocha é uma das sócias gerente da Girafinha, loja dedicada ao universo das crianças, e revelou que tem tido pouco movimento: “Para já, acho que o ano passado estava a correr bem melhor por esta altura, este ano está mais parado. Talvez as pessoas estejam a guardar-se mais para a última, mas mesmo em termos de volume de negócios sinto que está mais fraco”. Aberta no centro da cidade há um ano e dois meses, a loja está a funcionar pelo segundo natal, sendo que no primeiro se notou, de facto, um aumento nas vendas. “O ano passado notei um aumento nesta época, não sei se poderá ter sido pelo entusiasmo da abertura, mas este ano noto que as coisas estão mais paradas”, admitiu Carla Rocha.

Também com loja na zona central da cidade, Sónia Cardoso partilha da mesma opinião. Para a proprietária da Sentidus Jóias, este está a ser um ano mais fraco do que o anterior. “Em relação ao ano passado as vendas desceram bastante. Este é o meu terceiro natal cá e é sem dúvida o pior de todos. A nível de comércio nota-se que há uma quebra bastante grande, bastante acentuada. Isto está a registar-se agora nesta época. No sábado que passou esteve muita chuva, não ajudou em nada e se assim continuar acaba por se refletir e as pessoas refugiam-se mais nos shoppings, sem dúvida. Lá há o conforto de ter onde estacionar, que aqui não há. Aqui as pessoas queixam-se sempre que não têm onde estacionar” , explicou Sónia Cardoso.

Ainda assim, tanto Carla Rocha como Sónia Cardoso consideram que o Mercado de Natal, iniciativa da Câmara Municipal de Guimarães, ajudou a dinamizar o centro da cidade, levando as pessoas a passearem nas ruas. “Noto mais movimento, as pessoas passeiam por aqui, chama mais gente. Noto mais afluência de pessoas”, afirmou Carla Rocha.

Para Sónia Cardoso, esta deixou de ser, em relação ao habitual, uma zona “escura”. “O Mercado de Natal ajudou no sentido de dar mais vida à rua, porque o ano passado o jardim estava completamente escuro, vazio, não chamava as pessoas para virem caminhar neste centro. Ajuda muito nisso e está muito bonito”, admitiu a proprietária da Sentidus Jóias.

Os stands, concessionados para o efeito de forma gratuita, foram cedidos após uma inscrição das empresas interessadas, para a comercialização de produtos nas áreas do artesanato, têxteis, alimentação e bebidas, produtos infantis, comércio de livros e artigos de papelaria, decoração, entre outros.

Presente no espaço está a Garcia & Silva, que produz e comercializa peúgas e collants. De acordo com Carla Faria, funcionária da empresa e responsável pelo espaço no mercado durante a semana, esta está a ser uma experiência positiva. “Temos uns dias melhores, outros piores, o tempo também não ajuda muito. Quando o tempo está melhor nota-se que temos mais vendas, quando está pior nota-se uma quebra. Mas estar aqui ajudou a divulgar o nosso nome e a nossa loja de fábrica. Muita gente não conhecia a nossa marca, é uma empresa de Guimarães e muita gente não conhecia”, elucidou Carla Faria.

Também com espaço reservado neste Mercado de Natal está a 3 MMM Decorações. Igualmente sedeada em Guimarães mas afastada da azáfama do centro da cidade, a empresa aproveitou a oportunidade para se dar a conhecer à população, divulgando e vendendo os seus produtos, com muito trabalho feito à mão.

“Este mercado está a correr bem, acho que foi uma boa iniciativa da Câmara Municipal e era uma boa ideia continuar e fazer em outras alturas durante o ano. Em termos de vendas, aqui tem corrido bem, o balanço é positivo. A ideia principal ao virmos para cá era para tornar a loja ainda mais conhecida, uma vez que está fora do centro, e está a funcionar bem”, referiu Sofia Monteiro, filha da proprietária da empresa e responsável pelo stand.

Já com poucos dias para a véspera de Natal, altura por excelência da troca de presentes, os comerciantes da cidade de Guimarães sentem que esta será mais uma época festiva com resultados pouco satisfatórios no que a vendas diz respeito e não esperam que a tendência inverta até ao 24 de dezembro. Ainda assim, é opinião comum de que o Mercado de Natal acabou por dinamizar o centro, trazendo as pessoas para a rua e envolvendo-as no espírito natalício.

O Mercado de Natal vai manter-se na Alameda de S. Dâmaso até ao dia 31 de dezembro, podendo ser visitado todos os dias: de segunda a quinta-feira entre as 15h00 e as 20h00, às sextas e sábados entre as 11h00 e as 22h00 e aos domingos entre as 11h00 e as 20h00. Nos dias 24 e 31 funcionará apenas entre as 11h00 e as 15h00, sendo que no dia de Natal, 25, está encerrado.

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