Descargas ilegais continuam a poluir a Ribeira de Couros
O presidente do município, Domingos Bragança, admitiu que ainda “não foi possível identificar os infratores”
As descargas poluentes na Ribeira de Couros foram um dos temas em destaque na reunião do executivo municipal desta quinta-feira, 10 de março.
Ricardo Araújo, vereador da coligação Juntos por Guimarães, questionou o presidente da Câmara Municipal sobre qual a ação do município para combater a problemática, referindo que “é inaceitável como é que em 2022, com os objetivos que Guimarães tem de se afirmar como uma cidade de referência ao nível da sustentabilidade e de ser capital verde europeia, ainda se continuem a verificar estes péssimos exemplos”.
“Trata-se de uma poluição visível, no centro da cidade, e que constitui uma preocupação recorrente”, esclareceu Ricardo Araújo, questionando as medidas adotadas pela Câmara Municipal para evitar estas mesmas descargas.
“A Câmara tem, por ela própria ou com as suas empresas municipais e com as entidades competentes, deter uma vigilância mais efetiva e, sobretudo, tomar medidas que permitam impedir que isto se repita novamente”, acrescentou o social-democrata.
Garantindo a “constante fiscalização da Ribeira de Couros”, o presidente do município, Domingos Bragança, admitiu que ainda “não foi possível identificar os infratores”.
O edil vimaranense explicou que “ao longo da Ribeira há um conjunto de coletores e, portanto, não há razão nenhuma para que haja vazamento das águas residuais”.
“Sendo a zona de Ribeira de Couros candidata a património Mundial da UNESCO, não faz sentido nenhum que existam este tipo de contaminações”, frisou o autarca.
Comprometendo-se com uma “fiscalização mais forte e robusta para que as entidades sejam muito penalizadas” e, caso não corrijam, “juntamente com a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) levar ao seu encerramento”, Domingos Bragança salientou ainda que o município deve ter uma ação “coerciva, mas também pedagógica”.
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