Dia Mundial da Língua Portuguesa comemorado em Guimarães

Ao longo desta quarta-feira, 5 de maio, decorreu um seminário no Centro Cultural Vila Flor, em Guimaraes, dedicado a celebrar o Dia Mundial da Língua Portuguesa.

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Ao longo desta quarta-feira, 5 de maio, decorreu um seminário no Centro Cultural Vila Flor, em Guimaraes, dedicado a celebrar o Dia Mundial da Língua Portuguesa.

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António Sampaio da Nóvoa, representante permanente de Portugal junto da UNESCO, foi um dos oradores, que abordou a importância da Língua Portuguesa nos nossos dias.

O representante reforçou a importância destes momentos para “pôr na praça pública nacional e internacional esta discussão sobre a língua portuguesa, o objetivo maior da proclamação deste dia. A partir daqui podemos encontrar os entendimentos, os acordos, as estratégias que nos permitam levar a bom porto esta internacionalização da língua portuguesa”. 

Sendo a educação básica e superior fulcrais na afirmação do português como língua internacional, este ano para comemorar o dia asinalou-se também “uma colaboração com o famoso ‘bureu internacional da educação IBE de Genebra’, para promover a formação de professores de língua portuguesa nos PALOP”, revelou o professor Sampaio da Nóvoa.

O representante disse ainda que isto “não significa que não se deva proteger as outras línguas, mas temos todos, nas universidades, na ciência e na comunicação científica, um dever de proteção do português como língua de ciência e como língua de conhecimento”. 

Segundo António Sampaio da Nóvoa, esta é “uma tarefa central para todos nós e é uma tarefa na qual as universidades têm um papel decisivo, mas não só apenas as universidades a cumprir esse papel de proteção do português como língua de ciência”. 

O representante permanente de Portugal junto da UNESCO dá o exemplo do combate à pandemia Covid-19, revelando “a importância da ciência para as nossas vidas, para o nosso desenvolvimento, para o nosso progresso, para o bem estar da humanidade. Ciência de um lado, comunicação do outro e comunicação quer dizer em grande parte o digital”.

Neste aspeto, e de acordo com a opinião do professor Sampaio da Nóvoa, “o português não está mal colocado no mundo, do ponto de vista dos conteúdos digitais, em grande parte, devido ao Brasil, mas devemos dar uma preocupação acrescida à nossa presença no mundo digital, nos conteúdos digitai, no debate sobre o acesso aberto, no debate sobre a ciência aberta, no debate sobre a possibilidade de colocarmos em acesso livre o que são um conjunto de avanços da humanidade, certamente no plano científico, mas também em muitos outros planos”, revela.

Um outro grande passo para o reconhecimento da Língua Portuguesa foi a eleição do António Guterres como Secretário Geral das Nações Unidas. Estas eleições serviram “para colocar na agenda diplomática a relevância e o reforço do português”.

Para além da ciência e do conhecimento, António Sampaio da Nóvoa chamou ainda atenção para mais três elementos que no seu entender a língua dificilmente cumpre o seu papel do ponto de vista nacional, regional, da CPLP e do ponto de vista internacional. São eles a criatividade, a comparação e a cooperação. 

“A capacidade de criar, num certo sentido, conduziu ao desenvolvimento da humanidade e do ser humano tal como o conhecemos hoje. A criatividade quer dizer criação literária, criação artística, criação científica. Quer dizer encontrar respostas novas para os problemas e a língua tem aqui um papel absolutamente decisivo”. 

Quanto à cooperação, esta “é decisiva nos dias de hoje. Não conseguiremos fazer nada sozinhos. Esta cooperação no espaço da CPLP, no espaço dos países de língua portuguesa é central”, termina Sampaio da Nóvoa.

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