Direção do Vitória lamenta “tratamento discriminatório”
Regulamento aprovado beneficia apenas alguns treinadores.
Treinador vitoriano tem projetado vários jogadores internacionais.
O novo regulamento da Liga, aprovado na passada segunda-feira, não beneficia Moreno Teixeira e a direção vitoriana, em comunicado, considera ser um “tratamento discriminatório” para com o responsável técnico dos conquistadores.
Leia o comunicado na integra:
Na Assembleia Geral da Liga realizada na noite desta segunda-feira, os clubes aprovaram uma norma segundo a qual um treinador que tenha subido uma equipa de divisão na época passada e que já esteja inscrito no curso nível IV será considerado técnico principal na próxima temporada. Essa nova norma beneficiará Filipe Martins, treinador do Casa Pia, e Luís Freire, treinador do Rio Ave, e o Vitória Sport Clube até votou a favor.
Está, no entanto, profundamente indignado com a falta de sensibilidade da Liga e da ANTF em relação ao Moreno Teixeira. Como é sabido, o nosso treinador encontra-se numa situação em tudo semelhante, estando igualmente inscrito e já a frequentar o curso nível IV. No entanto, à luz do regulamento já aprovado para 2023/24 e pelo simples facto de não ter ficado associado à subida de divisão de uma equipa, como se isso fosse mais importante do que estar ao comando do Vitória SC, um dos principais clubes portugueses, com mais presenças no escalão máximo, com grande historial nacional e internacional e que vai representar Portugal, pela segunda época consecutiva, numa prova da UEFA, Moreno fica de parte.
Estamos a falar de um ex-jogador do Vitória, que, como é sabido, construiu uma carreira brilhante e a jogar ao mais alto nível, tendo trabalhado sempre com treinadores de grande valia, e que nunca deixou de estar ligado ao futebol depois de ter terminado a carreira de jogador profissional.
Sendo um jovem treinador, experiência e conhecimento não lhe faltam: está claramente ligado a uma época amplamente positiva do Vitória, foi responsável pela projeção de Celton Biai, Tomás Handel, Zé Carlos, Dani Silva, André Almeida, André Amaro, Maga, Afonso Freitas e Hélder Sá, entre outros jovens internacionais portugueses, e nunca escondeu o desejo de evoluir como treinador, razão pela qual tratou de se inscrever no curso de nível IV mal surgiu essa oportunidade, com o pleno apoio do nosso clube.
Mais uma vez, o Vitória SC regista e lamenta este estranho tratamento discriminatório dos órgãos que gerem o futebol português e não vai desistir de denunciar e de se bater contra este tipo de injustiças na esperança de que impere, de vez, o bom-senso. Seremos, de resto, sempre a favor da aprovação de normas que facilitem a vida aos profissionais de futebol, nomeadamente aos treinadores portugueses.
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