DOBRACONFEX FECHA COM PASSIVO DE MEIO MILHÃO

Trabalhadores reuniram com o sindicato. Empresa anunciou encerramento na segunda-feira.

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Trabalhadores reuniram com o sindicato. Empresa anunciou encerramento na segunda-feira.

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A empresa Dobraconfex, na freguesia de Penselo, fechou portas na passada segunda-feira. A trabalhar em regime de subcontratação, a empresa encerrou devido à falta de encomendas; por isso, ao longo das duas últimas semanas, os 32 trabalhadores da empresa foram dispensados. Mas as dificuldades da empresa já se faziam notar em abril, como explica uma das trabalhadoras que ficou sem emprego: “Desde o mês de abril que não recebemos horas. Depois, deixou-nos 100 euros do mês anterior [outubro] em atraso. E agora estivemos 15 dias em casa em que não tínhamos trabalho.”  

Na quarta-feira da semana passada, o Sindicato do Têxtil do Minho iniciou, com os trabalhadores, conversações com a administração da empresa. “Ou havia telefonema na sexta-feira a dizer para as trabalhadoras irem trabalhar às 08h00 ou apareceríamos às 10h00 do mesmo dia, e foi o que aconteceu”, conta Francisco Vieira, do sindicato. Há seis credores que reclamam os seus créditos: “Destacam-se a Autoridade Tributária e Aduaneira [AT] e a Segurança Social”, indica o sindicalista. Com juros, o total do crédito da AT é de cerca de 172 mil euros, ao passo que o da Segurança Social ascende a mais de 291 mil euros. Existem ainda três credores que não reclamaram, mas que foram relacionados pela Dobraconfex no documento.

Dívidas de meio milhão de euros

Ao todo, a empresa apresentou ao Tribunal do Comércio de Guimarães um PER com um passivo de quase meio milhão de euros. Já os trabalhadores “não quiseram reclamar sob condição”. “A empresa não encerra no âmbito do PER”, explica Francisco Vieira, adindo que, caso o PER “não vingue”, “o papel do administrador judicial provisório é de elaborar um relatório e dar o parecer”. “Se a empresa estiver insolvente, tem de se requerer da declaração da insolvência da sociedade.” Ora, o PER referido “transitou no dia 5 de agosto” e, passado alguns meses, a empresa encerrou. “O que nos disse o consultor financeiro é que estavam na expetativa que se conseguissem seis meses bons de produção”, mas tal não foi possível.

De acordo com a trabalhadora que falou ao Mais Guimarães, “o processo foi pacífico”. “A decisão foi entre todos nós, com a administração e o senhor consultor”, diz. Francisco Vieira corrobora-a, acrescentando que houve espaço para diálogo.

Agora, “fica garantido que os trabalhadores vão requerer da declaração de insolvência”, já que, como foi referido, os trabalhadores são credores. O processo começa a ser trabalhado esta quarta-feira. Segundo o sindicalista, “criar condições” para que os trabalhadores requeiram “do fundo de garantia salarial” é o objetivo. “Tudo iremos fazer para que estes trabalhadores sejam ressarcidos dos seus créditos salariais”, garante

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