Em Guimarães, os “percursos criativos” ficam a Meio Caminho
Zona de Couros está agora na primeira linha do roteiro turístico da cidade.
Há formas criativas de calcorrear as ruas de Guimarães e o projeto “Meio Caminho”, apresentado na tarde de ontem, quer pôr a zona de Couros no roteiro turístico vimaranense.
A Avenida D. Afonso Henriques não é a única forma de ir dos Jardins da Alameda até ao Centro Cultural Vila Flor e o caminho do Largo do Toural até ao Largo da República do Brasil não tem de ser percorrido pelas ruas habituais. Com um pequeno desvio, em direção contrária à multidão, é possível destapar novos trilhos. A meio caminho há “percursos criativos” para descobrir e “a meio caminho estamos sempre próximos de algum lado”. É Paulo Lopes Silva, vereador da Câmara Municipal de Guimarães com o pelouro do turismo, que o diz.
As palavras foram lançadas ontem na apresentação do projeto “Meio Caminho”, desenvolvido pelo município em parceria com a ondamarela e a OOF Design. A piscar o olho ao turismo e com a extensão da classificação de Património Mundial em mente, a proposta tem duas palavras de ordem: criatividade e autonomia. O guia não é elemento obrigatório neste projeto, embora “possam pegar nesta tipologia de visita para dar a conhecer novas zonas”. Aos exploradores deste percurso não é entregue um mapa, mas um folheto que permite entender e conhecer a história do lugar.
O desafio “foi encontrar, dentro do território de Guimarães, uma área menos conhecida do grande público”. E a meio caminho fica a zona de Couros, “uma área em que o município tem vindo a investir do ponto de vista da estratégia de desenvolvimento do território”, nomeadamente através do projeto do Bairro C, e também “do ponto de vista da “valorização patrimonial” através “da extensão para a zona de Couros da classificação da UNESCO”. É, pois, esta área que o município quer “dar a conhecer” por integrar “elementos que “são a não perder em Guimarães, para lá dos clássicos”.
Um dos objetivos é também alavancar a engrenagem do turismo. Na equação releva-se a “diversificação” da oferta turística para que o resultado seja a “retenção” dos turistas. Paulo Lopes Silva afiança que “a partir do momento em que nós damos a conhecer a riqueza desta zona de Couros, desde património também industrial” será possível “reter as pessoas durante um período maior, aumentarmos a atratividade e aumentarmos também o percurso de visita a Guimarães durante mais dias”.
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