ESTA ESTAFETA É DA AMIZADE — MAS TAMBÉM DA SOLIDARIEDADE E DA UNIÃO

A quarta edição da Estafeta da Amizade pôs 800 atletas (amadores e profissionais) a correr em prol das CERCIS de Braga e de Guimarães. As duas cidades uniram-se através do desporto.

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A quarta edição da Estafeta da Amizade pôs 800 atletas (amadores e profissionais) a correr em prol das CERCIS de Braga e de Guimarães. As duas cidades uniram-se através do desporto.

© Nuno Rafael Gomes/ Mais Guimarães

À chegada à Alameda Dr. Alfredo Pimenta, em Guimarães, o último esforço refletia-se na cara de quem, num último esforço, cortava a meta. Ainda assim, erguiam-se os testemunhos como se fossem troféus. Não é que ganhar a prova não fosse importante, mas concluí-la representou, para muitos, a maior das vitórias. Para além disso, correu-se por uma causa: ajudar as CERCIS de Guimarães e Braga. A quarta edição da Estafeta da Amizade decorreu na manhã deste domingo. Como sempre — e como o lema proclama — Guimarães e Braga uniram-se num só em prol da solidariedade.

Fernando e Teresa, de Guimarães, fizeram equipa com os dois filhos. “Ele está em Trandeiras, ele em Balazar. E nós fazemos a corrida toda”, disse Teresa, ainda antes do tiro de partida, no Estádio 1.º de Maio, em Braga. Esta foi a terceira vez que o casal participou e os filhos acompanharam os pais num dia que já começa a ser “tradição”. À chegada, num dia em que a chuva serviu de refresco, Fernando não tinha dúvidas: “Correr com chuva é porreiro!” E, para o casal, o resultado pouco importa. É que todas as verbas angariadas revertem, na totalidade, a favor das CERCIS.

© Nuno Rafael Gomes/ Mais Guimarães

As rivalidades são postas de lado: um bispo e Dom Afonso Henriques entendiam-se na perfeição. Quem se vestiu de bispo foi António Seabra, que, no ano passado, porque a prova partiu de Guimarães, encarnou a personagem do primeiro rei de Portugal. “E até já fiz a prova metade de bispo e depois de Afonso Henriques”, recordou. Para o portuense, “nos tempos que correm”, o desporto é o melhor remédio “para as pessoas se unirem e aproveitarem a vida”.

E o desporto traz mesmo qualidade de vida. Carlos Fernandes fez parte da equipa “Os Turbulentos”, que acabaram a prova no 6.º lugar. O bracarense apontou que, ainda que a equipa não tenha sido a vencedora, seria o conjunto com elementos mais velhos: “Eu tenho 53, há outro da mesma idade, o mais novo tem 46 e o mais velho 62.” Carlos Fernandes resumiu alguns dos cuidados que teve ao longo da semana para correr em pleno: “É preciso hidratar-se bem, beber muitos líquidos e evitar o álcool. No dia da corrida, ao contrário do que as pessoas pensam, é mesmo preciso aquecer bem. E, em dias de chuva, usar menos roupa, porque fica-se mais pesado e há mais desgaste.” Para aqueles que não participaram, o bracarense garante que “eles é que se arrependem” e que “com chuva até sabe melhor”.

© Nuno Rafael Gomes/ Mais Guimarães

Mas não é preciso ser-se atleta para competir na prova. Ricardo Costa, o vereador do desporto da Câmara Municipal de Guimarães, garantiu que a Estafeta da Amizade representou o único momento em 2019 em que fez “algum exercício”. “Não tive preparação nenhuma, é só o dia a dia de andar de um lado”, disse. O vereador apelou: “Acho que todos devemos participar porque a prova tem uma causa solidária, em prol de quem mais precisa. E unem-se duas cidades num território.”

A equipa vencedora da quarta Estafeta da Amizade foi a do SC Braga, validando, pela terceira vez, o título. Jéssica Fontes foi a primeira a cortar a meta. Cerca de 800 atletas participaram, distribuídos por 200 equipas, na corrida que une duas cidades através de um percurso de 20 quilómetros.  

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