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“Estamos todos a sentir um grande desalento neste momento”

A habitual confusão que se ouve, vê, e sente em Guimarães, foi substituído pelo silêncio das esplanadas desertas e das lojas que encerram mais cedo ou funcionam online.

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A habitual confusão que se ouve, vê, e sente em Guimarães, foi substituída pelo silêncio das esplanadas desertas e das lojas que encerram mais cedo ou funcionam online.

Maria da Silva, do Restaurante Café Oriental, afirma não saber para que é têm as portas abertas. “Sábado nem vale a pena abrir o restaurante” e, não se conformando, questiona: “quem vem almoçar ao meio dia para à uma hora da tarde fecharmos a porta?”




Esta é a nova realidade dos restaurantes dos 121 concelhos de risco. Com o estado de emergência em vigor, o recolher obrigatório não permite que o comércio esteja aberto depois das 13h00 ao fim-de-semana. Luísa, proprietária da Taberna da Lu revela que está, juntamente com a sua equipa, a sentir “um desalento neste momento, porque são medidas atrás de medidas, são sanções atrás de sanções”.

“Os melhores dias são os fins de semana à noite”

Maria da Silva – proprietária do Restaurante Café Oriental

A verdade é que, durante a semana, não se faz o dinheiro que se faz ao fim de semana. “Os melhores dias são os fins de semana à noite”, confirma Maria da Silva, explicando que, desde que reabriram, já houve noites sem clientes. E, mesmo que não entre ninguém, “temos de ter as coisas prontas para se entrar, os fornos ligados…”




Sandrina Fernandes é cabeleira na Nuance Cabeleireiras e confessa que, “há dez dias, mais ou menos”, que começou a sentir que as pessoas têm “mais receio”. Também para este setor “o melhor dia é o sábado” e estas medidas não vêm ajudar. “Não acho normal estarem os hipermercados abertos e nós fechados”, desabafa Sandrina. Alcino Cortez, também cabeleireiro, revela que para tentar minimizar o impacto de estar encerrado a partir das 13h00, aos fins de semana vai ter um horário um pouco mais alargado durante a semana, e abrir um bocadinho mais cedo ao sábado, mas mesmo assim “não será muito significativo”, admite.

“A loja antes funcionava muito bem em termos turísticos”

Jorge Pedro – proprietário da loja Oliva da Praça

Já no comércio local, a situação não parece mudar. Jorge Pedro, da Oliva da Praça, explica que a loja física “praticamente está encerrada”. Já há bastante tempo que alteraram o funcionamento e, de momento, só está a funcionar online. “A loja antes funcionava muito bem em termos turísticos”, mas também o turismo foi um dos setores mais afetados com a pandemia. Agora as pessoas “sentem-se mais confortáveis” com as entregas ao domicílio, e é nesse sentido que Jorge Pedro tem trabalhado. “Com as pessoas de Guimarães é entregar em casa, elas sentem-se mais confortáveis.”

Miguel Teixeira, um dos sócios da loja Almanaque 23, revela que o mês de setembro até foi razoável, contudo em outubro voltou a sentir quebras. Relativamente à nova medida do recolher obrigatório e do horário de recolhimento, Miguel afirma que “não sente diferenças, porque a loja está aberta das 15h00 às 19h00, e desde a pandemia que não temos aberto aos sábados”.

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