ESTRUTURA DE MISSÃO GUIMARÃES 2030 QUER MAIOR ENVOLVIMENTO DOS CIDADÃOS
O autarca frisou ainda a necessidade de criar uma maior comunicação e envolvência dos cidadãos e de “dar mais valor às juntas de freguesia, nomeadamente às Brigadas Verdes, que devem ser sustentadas em conhecimento”
O sexto encontro do Comité de Acompanhamento Externo da Estrutura de Missão Guimarães 2030 decorreu esta segunda-feira.
Domingos Bragança considera que é essencial “trazer a todos os cidadãos, sem exceção” à “transformação” de Guimarães num concelho mais sustentável. O autarca falava esta segunda-feira, após a reunião do Comité de Acompanhamento Externo da Estrutura de Missão Guimarães 2030. Este foi o sexto encontro do Comité e teve lugar no Laboratório da Paisagem.
Segundo o presidente do município, na reunião onde marcaram presença os responsáveis máximos da Universidade do Minho, da UTAD, da UNU – EGOV, do IPCA, da Vimágua e do Laboratório da Paisagem, concluiu-se que é necessário “ter em conta os processos de transformação digital, corporizados em pequenos processos que todos cidadãos compreendam”. O autarca deu o exemplo da criação de plataformas digitais de apoio à atividade económica, à mobilidade, aos parques de estacionamento ou de informações de trânsito.
O autarca frisou ainda a necessidade de criar uma maior comunicação e envolvência dos cidadãos e de “dar mais valor às juntas de freguesia, nomeadamente às Brigadas Verdes, que devem ser sustentadas em conhecimento”. “A defesa do ambiente não se faz só com voluntariado, mas também com conhecimento que a ciência nos dá. Esse conhecimento tem que ser passado para as comunidades”, apontou, reiterando que, em breve, todos os concelhos terão Brigadas Verdes. “Sem a envolvência dos cidadãos, não há projeto que valha para futuro”, defendeu.
“Há acidentes que põem em causa o nosso trabalho”
Domingos Bragança acredita que os vimaranenses “sabem dos esforços” que autarquia tem levado a cabo, porém, admite que “têm surgido algumas interrogações”. “Estamos a fazer um esforço enorme na defesa das linhas de água, mas quando as próprias entidades públicas, que tinham obrigação de tratar e proteger a água – que é o que tem acontecido com as Águas do Norte – poluem os rios, o cidadão não percebe”, vincou. Tal acontece “ou porque os coletores não chegam ou não são suficientes, têm que ser substituídos por maiores ou estão numa situação muito degrada a precisar de substituição… é claro que não é por intenção, mas as pessoas não percebem”, lamentou. O autarca garantiu que a Águas do Norte “já percebeu que tem que mudar” e acompanhar a Câmara nos esforços de tornar o concelho mais sustentável. “Damos o nosso melhor, mas de vez em quando há acidentes que põem em causa todo o nosso trabalho. Dizemos que protegemos o rio e, depois, o rio é poluído pelas próprias entidades que o tem que cuidar e tratar, obviamente as pessoas questionam”, resumiu.
O autarca assegurou que estas questões “não irão esmorecer” a motivação de tornar Guimarães mais sustentável. “Enquanto eu tiver responsabilidades a nível do concelho, não deixo esmorecer. Sou entusiasta convicto na defesa do ambiente, do território, da qualidade de vida e do bem-estar das pessoas. Quando falo na importância de ter uma cidade mais pedonal, ecovias para usar a bicicleta, também temos que ter oferta de transporte público ou desbloquear zonas que hajas bloqueamento de trânsito. Temos que dar resposta integrais.”, assumiu. Domingos Bragança considera que agora “é a altura certa para o fazer”, estando toda a Europa “motivada pela defesa do ambiente. Não podemos perder velocidade”, frisou.
Outra das questões abordada em reunião teve que ver com a intenção de criar um eco parque industrial, que deverá representar uma aposta na economia circular. “Para este eco parque não queremos trazer todo o tipo de indústrias, queremos empresas competitivas, digitais, menores predadoras de recursos naturais, que tragam conhecimento e que remunerem bem os trabalhadores”, assegurou.
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