Na reunião camarária do executivo vimaranense, que decorreu esta quinta-feira, 13 de dezembro, Bruno Fernandes abordou a temática do setor agrícola, no período antes da ordem do dia.

“O setor agrícola tem uma expressão considerável no concelho, e tem uma importância acrescida. Entendemos que cabe à autarquia um papel mais ativo”, começou por explicar o vereador do PSD, acrescentando que a Incubadora de Base Rural “não é a alavanca” que vai desenvolver o setor. “É importante fazer uma reflexão sobre o projeto”, referiu, dizendo ainda que quem quer aderir ao projeto municipal sente dificuldades. “Ouça os agentes do setor”, apontou.

“A Câmara instituiu a Incubadora de Base Rural e só agora vai comprar as terras. Primeiro criam-se condições, e depois avança-se com o projeto”, continuou Bruno Fernandes. O social democrata referiu que “o país pensa diferente” do presidente do município de Guimarães, e que seja essa a razão para que outros municípios “passem” o concelho a “200 à hora”.

Domingos Bragança apontou desde logo que não estava de acordo com a posição do vereador. “A Incubadora tem estado a ser observada por entidades nacionais para ser replicada. Mas a Incubadora não é para dar terras a ninguém”, explicou o autarca vimaranense, referindo que isso seria “perturbar a concorrência”. Em relação à apresentação de resultados, o socialista justificou-se com prémios do município, usando a Bandeira Azul como exemplo, e apontou que Bruno Fernandes tinha “pena” da Incubadora não ser uma “ideia sua”.

No final da reunião, nas declarações prestadas aos jornalistas, Domingos Bragança anunciou que em 2019 irá dar mais apoios ao setor agrícola, incluindo isenção total de taxas e de urbanização.

Já Sofia Ferreira, vereadora com a pasta do Ambiente, informou os media que os resultados da Incubadora de Base Rural de 2018 serão apresentados no início do próximo ano e que esta sexta-feira, 14, serão atribuídos os terrenos do Banco de Terras.