Em 2023, os vimaranenses sofrerão um aumento no tarifário da água. É algo que já não acontecia há nove anos e que agora é necessário para que a Vimágua encontre “o equilíbrio necessário”. A partir do próximo mês de fevereiro, cada 10 metros cúbicos de água passarão a custar mais 0.61 euros.

A proposta de aumento de 2.7% no tarifário foi aprovada pela maioria socialista na reunião do executivo municipal desta quinta-feira, com os votos contra dos vereadores da Coligação Juntos por Guimarães.
Ricardo Araújo defendeu que é “inaceitável que o município aumente o tarifário da água” tendo em conta “o contexto que vivemos de um aumento muito relevante da inflação, do aumento do custo de vida e redução do rendimento das famílias”.
Reconhecendo que “há naturalmente um aumento do custo operacional”, acredita que o município devia acomodar este aumento no seu próprio orçamento, tal como aconteceu, por exemplo, na cidade vizinha de Vila Nova de Famalicão.
Na sua resposta, Adelina Paula Pinto, vice-presidente da Câmara Municipal, relembrou os apoios concedidos pelo município através da tarifa social que apoia cerca de 9 mil famílias, com a gratuitidade dos primeiros cinco metros cúbicos de água. Também as IPSS vão manter as taxas mais reduzidas para o seu consumo.
A vereadora socialista elencou que o acréscimo de 2,7% é referente aos custos operacionais e que este se traduz num aumento bastante inferior à taxa de inflação nacional.
Aos jornalistas, Domingos Bragança esclareceu que a “Vimágua tem uma fragilidade relativamente ao conjunto das empresas municipais, uma vez que o saneamento em alta não é feito pela própria Vimágua, mas sim pelas Águas de Portugal, que sempre aumentou o seu tarifário durante estes nove anos”. Desta forma, a Vimágua obriga-se, junto da entidade reguladora, a reestabelecer este equilíbrio, que, atualmente, está no limite.
O edil vimaranense, que preside à mesa da Assembleia Geral da Vimágua, recordou ainda que Guimarães é “dos poucos concelhos do que país que tem o tarifário social” e que, dentro do possível, continuará a “fazer esta discriminação positiva para combater as desigualdades económicas”.