
FERROVIA GUIMARÃES – BRAGA
Por Eliseu Sampaio.

Por Eliseu Sampaio.Segundo a informação veiculada ontem pelo Dinheiro Vivo, a IP-Infraestruturas de Portugal voltou a atrasar algumas das obras programadas no âmbito do programa Ferrovia 2020, apresentado em fevereiro de 2016. No total são 17 as obras que foram adiadas e uma ficou sem data de execução, a eletrificação da Linha do Douro até à Régua. A falta de quadros e o deficiente planeamento explicam porquê, disse Carlos Mineiro Aires. Segundo o bastonário da Ordem dos Engenheiros, “somam-se os maus financiamentos e o lançamento apressado de concursos. Obviamente, isto só poderia dar mau resultado.”
Vem este editorial a propósito de uma ambição antiga das gentes de Guimarães e Braga, em verem construída uma ligação ferroviária entre estas duas importantes cidades minhotas, que facilite a circulação de pessoas, num meio de transporte mais rápido, seguro e mais ecológico, entre estes dois aglomerados.
Atualmente, não é aconselhável, de todo, a utilização do comboio para chegar de uma cidade à outra. Considerando o tempo da viagem e o transbordo, que acontece em Lousado, o percurso demora cerca de hora e meia. São três horas por dia só para deslocações e um percurso de cerca de 60 quilómetros para concretizar uma viagem de uns escassos 20, caso existisse uma ligação direta entre a cidade-berço e a cidade dos arcebispos.
Utilizar o automóvel continua a ser dispendioso, com a estrada nacional permanentemente engarrafada nas horas de ponta, a opção da autoestrada é cara e pode ser morosa também, se considerarmos os períodos mais complicados junto à rotunda de Silvares, um problema grave que continua à espera de solução, ou diga-se, do arranque das obras.
Ao longo dos anos, todos os partidos em Guimarães apresentaram propostas para a criação de uma linha ferroviária entre Guimarães e Braga. Em novembro de 2016, já lá vão três anos, Domingos Bragança defendeu até, durante a conferência “O Futuro do Minho” a implementação de um Tramway, um comboio elétrico urbano que ligasse as zonas povoadas do Quadrilátero Urbano e da região minhota.
Apesar de relevante para o desenvolvimento regional, este é um projeto que deverá ficar na gaveta por mais alguns anos, pelos sinais que agora nos chegam.
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