Festival de Canto Lírico quer dar vida a locais “desconhecidos ou esquecidos”
Pretende visar "o culto e o desenvolvimento da voz e da composição musical líricas, tendo em vista não só um público musicalmente culto mas a totalidade dos públicos motivados pela fruição e conhecimento culturais".
A cidade de Guimarães vai receber, nos próximos dias 18 e 19 de setembro, o III Festival de Canto Lírico de Guimarães. Com organização da Associação de socorros Mútuos Artística Vimaranense – ASMAV, pretende visar “o culto e o desenvolvimento da voz e da composição musical líricas, tendo em vista não só um público musicalmente culto mas a totalidade dos públicos motivados pela fruição e conhecimento culturais”.
Na apresentação do festival, que decorreu na rua D. João I, a presidente da ASMAV, Eva Machado, frisou que “este tipo de música alcança todas as pessoas” e a escolha do local da conferência foi propositado. Nesta terceira edição do festival, a música “dará vida a ruas, vielas e pequenas ilhas desconhecidas ou esquecidas”.
Durante uma hora, no dia 18, há Nessun Dorma (Que Ninguém Durma), com 19 músicos em diferentes locais, muitas vezes escondidos e secretos, que vão desde a rua D. João I à zona de Couros.
“Às pessoas competirá percorrer os vários locais e conhecer os locais que de outra forma não conheceriam”, explica Francisco Teixeira, diretor artístico. Uma ideia que diz ter sido “mais ou menos óbvia. É a zona mais pobre da cidade e, simultaneamente, a zona industrial nos finais do século XIX que ajudou a que a cota mais alta sobrevivesse”.
Na tentativa de “valorizar cultural, social e patrimonialmente estes espaços”, o programador artístico quer que as pessoas se deixem perder e conheçam melhor a cidade onde vivem.
Ainda no sábado, dia 18, o Centro Cultural Vila Flor (CCVF) prepara-se para receber um concerto mais clássico, Gala de Ópera – Dois homens e uma Orquestra. “O futuro é feminino e tudo o que é masculino é uma derivação e uma variação da forma originária de onde se veio” é o que nos vão mostrar Marco Alves dos Santos e André Henriques num concerto que contará com a Orquestra do Norte. “Um concerto de clássicos operáticos em que cada nota não é mais que um gemido de saudade de um sítio perdido, de onde se veio, que era mulher e se fez homem e que, assim, está sempre a um passo de nos perder do que fomos inventados”.
Já no segundo e último dia de festival, a Companhia de Ópera de Setúbal apresenta A Nave dos Diabos, uma ópera num ato com 13 cenas, com duração aproximada de 70 minutos. “Uma ópera suficiente perturbadora para que se justifique a deslocação ao CCVF”, afirma Francisco Teixeira. Explica ainda que se trata de “uma história dramática que tem a ver com o perigo que é termos capitães que não sabem para onde vão e culpam os marinheiros pelos males que acontecem”.
Para Adelina Pinto, este é um momento “feliz por estarmos a retomar alguma normalidade”. Destaca o “cruzamento do canto lírico com a requalificação das zonas da cidade, acrescentando, ao património da humanidade, a zona de Couros”. À semelhança de outras cidades europeias, este festival contribui para “Guimarães como um território diferente. Um carro, um autocarro, deixam de passar, e temos um concerto”, diz.
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