Gil Leitão: “O que nos choca é a inércia, a falta de ambição e a estagnação”

A Iniciativa Liberal apresenta-se pela primeira vez ao eleitorado vimaranense, com propostas “práticas e diretas”.

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A Iniciativa Liberal apresenta-se pela primeira vez ao eleitorado vimaranense, com propostas “práticas e diretas”.

© Cláudia Crespo/Mais Guimarães

Como está a decorrer a campanha eleitoral da Iniciativa Liberal?

Está a ser um processo intenso, mas muito enriquecedor. Está a correr bem, dentro do que é expectável para um partido que reúne em si pessoas que estão a entrar pela primeira vez na política. É o meu caso por exemplo. Tem sido um processo de muita aprendizagem e de renovar constantemente a nossa ambição de trazer os ideais e as políticas liberais para o nosso município.

Quais são os principais propósitos desta candidatura?

É dar a conhecer e mostrar que há outra forma de fazer política em Portugal e que a Iniciativa Liberal quer ser essa alternativa. Temos ainda como objetivo eleger pelo menos um mandato para a Assembleia Municipal que nos permita integrar um órgão municipal e ser parte da discussão. É importante para nós conseguirmos voz dentro da Assembleia Municipal, conseguir propagar e defender já dentro do próprio organismo, políticas liberais. Queremos ser parte da discussão para podermos ser a solução que acreditamos que o concelho precisa.

Quais os principais problemas que apontam à governação socialista do concelho?

Os problemas que apontamos são os do senso comum que todos os que cá vivem, no concelho de Guimarães, conseguem identificar. Problemas que muitas vezes são apontados a problemas nacionais, mas se esse for o enquadramento, então podemos dizer estes problemas acabam por ser comuns porque estamos com governação socialista. Focando no nosso município, o que apontamos são problemas de desigualdade. Desigualdade no que diz respeito à educação, notória pois não temos parques escolares com as mesmas instalações. Ainda estamos a lidar com retiradas de amianto de telhados escolares, por exemplo entre infraestruturas antigas sem capacidade de aquecimento no inverno. A desigualdade é notória quando é limitado o crescimento das empresas já estabelecidas no concelho ao nível de infraestruturas, pois não têm possibilidade de crescer, por vezes falta fluidez dos processos. Há uma inércia na captação de empresas que possam absorver os profissionais que Guimarães tão bem forma dentro das suas escolas e Universidades. A desigualdade no acesso à habitação onde há promessas eleitorais que são colocadas nos programas, mas que depois não se concretizam. Falta de planeamento ou estratégia nas obras públicas com atrasos e falta de agendamento. Obras feitas para resolver obras que não foram bem planeadas de raiz que acabam por criar novos problemas de mobilidade. Há um sem número de áreas em que podemos apontar o dedo e dizer que há forma de melhorar. Mas para nós, Iniciativa Liberal, penso que o que nos choca é a inércia, a falta de ambição e a estagnação em que nos encontramos. Estamos contentes em ser cidade postal, mas nem o turista conseguimos reter por mais de umas horas.

“Estamos contentes por ser uma cidade postal, mas nem o turista conseguimos reter por mais de umas horas”

Gil Leitão

Quais as principais propostas que têm para apresentar aos vimaranenses para resolverem os problemas que apontam à governação?

As nossas propostas são muito práticas e diretas. De imediato, e com máxima urgência, o parque da Emboladoura, em Gondar precisa de requalificação com a maior brevidade, e nisso estamos alinhados com a estratégia do executivo vigente. É necessário dar as condições e habitação condigna a quem lá vive. Também na parte da habitação, a criação e identificação de bolsas de terreno de forma a conseguirmos junto dos operadores económicos imobiliários promover a construção de habitação, quer para venda, quer para arrendamento, a custos controlados. A Câmara terá de identificar as reais necessidades da população e ser agente de fiscalização. Pretendemos ainda de dar continuidade ao projeto que já está assinado ao abrigo do PRR, que tem de ser terminado até 2026. Outra das nossas medidas é a captação de investimento de empresas com capacidade de empregar e pagar salários mais altos aos seus colaboradores no nosso concelho. Sabe que entre 2018 e 2020 Portugal captou 386 projetos de IDE (investimento direto estrangeiro). Nenhum destes projetos se instalou em Guimarães. O que pretendemos é criar um grupo de trabalho multidisciplinar – uma task force como está na moda chamar-lhe, para a captação de investimento empresarial externo com o envolvimento do ecossistema de inovação como universidades e centros tecnológicos presentes no concelho como é a UMinho, CCG, PIEP, CVR, entre outras, bem como de investidores, AICEP, capitais de risco e a própria autarquia.

Na mobilidade, acreditamos que é preciso ir atrás do prejuízo e conseguir criar estruturas de conexão dentro do nosso concelho e mesmo para o exterior. Precisamos de requalificar as vias existentes, começando por fazer um levantamento de necessidades junto das Juntas de freguesia e dos empresários já estabelecidos, mas também tentar, com a equipa multidisciplinar de captação de investimento prever necessidades de futuras empresas que se possam interessar no concelho. De forma a estruturar uma rede terrestre que permita a ligação entre vilas, freguesias e parques industriais que estão construídos em sítios com pouca mobilidade.

© Cláudia Crespo/Mais Guimarães

Queremos também fomentar e aumentar a rede de transportes públicos que cubra todas as freguesias e vilas, e criar uma rede de mobilidade leve dentro do centro urbanístico. Esta medida já toca nas medidas que gostaríamos de apresentar na área do Ambiente. Ora essa rede de mobilidade leve deveria então ser um apoio à rede de transportes públicos das freguesias e das vilas para a cidade, e chegando às centrais de comboios e de camionagem. Criar plataformas de mobilidade leve para circulação dentro do centro de Guimarães, seja por trotinetes ou bicicletas, que permita circular dentro da cidade sem recurso a carros ou mesmo transportes públicos. Retiramos assim pelo menos uma parte dos veículos do centro. Também para a área do ambiente queremos dar continuidade ao trabalho que ficou a meio desde a Capital Europeia Verde. Fazer a despoluição dos rios, quer o Rio Ave, quer o Rio de Selho, e o Rio Vizela. Não só em Guimarães, mas encontrar soluções com outros municípios. Implementar a separação das redes de água, fomentar e criar depósitos de águas pluviais que podem ser usadas para regas de jardins, para os Bombeiros terem um reservatório de águas para combates a incêndio.

Porque devem os vimaranenses votar na Iniciativa Liberal no dia 26 de setembro?

Numa só palavra: diferença. Somos a voz da diferença porque queremos e fazemos mesmo diferente. Como liberais, acreditamos e apostamos no valor individual de cada vimaranense. A Iniciativa Liberal quer olhar em frente, evoluir e recuperar o tempo perdido que o Partido Socialista, com a simpatia da oposição, defraudou osvimaranenses.

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