GREVE CLIMÁTICA ESTUDANTIL: CARTAZES EM RISTE PELO AMBIENTE
A Greve Estudantil de Guimarães insere-se no programa da Green Week, evento que se prolonga até este domingo.
Foram muitos os estudantes que se reuniram, em forma de protesto, no Largo do Toural, pelo ambiente. Os professores acompanharam-nos na causa, “que é de todos”.
A greve climática estudantil estava marcada para as 16h00 e os estudantes foram pontuais. Acompanhados pelos seus professores, marcharam para o Largo do Toural para mostrar que este é um problema de todos. Ordenam mudança e tomada de medidas concretas de quem os representa, mostram os seus cartazes reivindicativos cheios de frases criativas, mas, acima de tudo, lutam por uma causa.
Patrícia, 18 anos, é aluna na Cenatex, acredita que as alterações climáticas “são preocupantes” e veio acompanhado pelas colegas de turma. “Faço reciclagem e não deito lixo para o chão, por exemplo”, diz. A Cenatex, que é uma eco escola, propôs aos alunos a realização de cartazes, e os estudantes atenderam à chamada.
Luísa, com 15 anos, estudante da Escola Martins Sarmento, garante que se preocupa “realmente”. “As pessoas têm mesmo de começar a preocupar-se com o ambiente. Nota-se que o clima está a ficar avariado”, brinca, mantendo a mensagem que quer passar. “Aviso sempre os meus amigos quando deitam lixo para o chão, fico mesmo chateada”, conta. Segura um cartaz onde as letras exclamam “Protege o clima!”. “Se os governos nos estão a representar, também têm de cuidar de nós e de nos ouvir. É por isso que fazemos estas greves”, diz.
Os professores sentem as preocupações dos mais novos e garantem que os estudantes estão agora “mais sensibilizados”. Gisela Freitas, professora na Escola Secundária Martins Sarmento, explica: “Nota-se que os miúdos estão cada vez mais recetivos a essa problemática, estão mais cientes da sua necessidade de mudar o seu dia-a-dia. Atualmente, torna-se mais fácil tornar a mensagem.” Ana Portugal, professora no Colégio Nossa Senhora da Conceição, pensa que o papel das escolas é “muito importante porque sensibiliza os alunos para esta questão”. “Os adultos estão cada vez mais sensibilizados. Tem havido alguma educação e pedagogia ambiental e acho que isso se nota”, refere. Para a professora Gisela, o maior contributo e mudança que se pode fazer reside “nos hábitos de consumo”, mas também “na questão da mobilidade”. O mesmo afirma a professora Ana, que evita comprar “produtos mini-embalados em plástico”.
Sofia, 16 anos, estudante da Martins Sarmento, garante que viria à manifestação mesmo que os professores não tivessem incentivado. E é da opinião de que “quem é mais responsável” não tem feito “o suficiente”. “Temos menos culpa e somos nós quem está a defender mais o ambiente”, diz. “Gostava de comer menos carne, não tenho conseguido, mas espero chegar a esse ponto”, acrescenta.
A Greve Estudantil de Guimarães insere-se no programa da Green Week, evento que se prolonga até este domingo.
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